Aprovada MP 936: entenda como funcionarão os cortes nos salários

Medida Provisória (MP 936) que legaliza a redução de salários foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Nesta quinta-feira (29), os parlamentares se reuniram para validar o projeto que permite que as empresas façam reajustes de carga horária e suspensão de contratos durante o período da pandemia. De acordo com a proposta, os trabalhadores poderão ter suas rotinas e recebimentos de trabalho alterados conforme os interesses do contratante. O texto já estar em vigor, mas precisava da aceitação do poder público. 

Aprovada MP 936: entenda como funcionarão os cortes nos salários (Imagem: Reprodução - Google)
Aprovada MP 936: entenda como funcionarão os cortes nos salários (Imagem: Reprodução – Google)

O desenvolvimento do projeto se deu por causa dos efeitos econômicos do covid-19. Com a chegada da pandemia em todo o território nacional, diversas empresas estão fechando suas portas ou reduzindo seus serviços e produções mediante a necessidade do isolamento social.  

Desse modo, o governo federal, visando minimizar os impactos negativos do atual cenário, criou a MP 936 para que o mercado não fosse inteiramente paralisado. Ao permitir os reajustes, o Ministério do Trabalho e da Econômica assumem a responsabilidade de custear, momentaneamente, as despesas diminuídas pelo contratante, para que o servidor não fique descoberto.  

O texto, aprovado pelos deputados, precisará passar ainda pela validação do Senado e na sequência solicitará a assinatura final do presidente, Jair Bolsonaro.  

Modificações da MP 936 

Antes de ser levado adiante, os deputados alteraram alguns pontos do projeto. Ficam mantidos os cortes salariais entre 25%, 50% ou 75% por até três meses e também a suspensão do contrato por até dois meses 

No entanto, a Câmara permitiu que seja prorrogado o período de redução de jornada por decreto e também a desoneração da folha de pagamento de setores intensivos em mão de obra por até um ano.  

As negociações individuais serão mantidas para aqueles com salários de até R$ 3.135, mas haverá uma restrição para quem ganha até R$ 2.090. No caso das pessoas com recebimentos acima de R$ 12.202,12, continua valendo o pacto individual.  

Quanto as correções por dívidas trabalhistas, a MP irá reduzir os custos. O cálculo desse valor será corrigido por meio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), levando em consideração também a correção da poupança, o que resulta numa taxação de 8,17%, considerando dados de 2019.  

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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