Governo Federal não consegue evitar fraudes no pagamento do auxílio emergencial. Nessa semana, o Ministério da Defesa abriu um processo para investigar o destino final dos benefícios. Há uma suspeita de que parte do valor esteja sendo repassado para militares das Forças Armadas, o que é contra as regras de aprovação do cadastro. de acordo com a denúncia anônima, soldados, sargentos e oficiais estão se inscrevendo no app da Caixa Econômica para ter acesso ao pagamento.
É válido ressaltar que, o valor de R$ 600 ofertado pelo auxílio emergencial é destinado para os brasileiros de baixa renda, desempregados, autônomos ou microempresários que tiveram suas atividades paralisadas por causa do novo coronavírus.
A liberação do pagamento para os militares, vai contra as regras da medida provisória, tendo em vista que eles apresentam uma renda superior a três salários mínimos e apresentam vínculo empregatício com o governo federal.
Questionado sobre tal situação, o ministério da cidadania alegou não estar ciente dos registros e que irá investigar os dados por meio das informações repassadas pela Dataprev. Já o ministério da defesa, emitiu uma nota afirmando estar ciente e que tomará as devidas medidas para que não haja fraudes.
“O Ministério da Defesa informa que foi identificada, com o apoio do Ministério da Cidadania, a possibilidade de recebimento indevido de valores referentes ao auxílio emergencial concedido pelo governo federal”, diz a nota da Defesa.
Ainda de acordo com o ministério da defesa, a investigação irá analisar toda a folha de pagamento realizada ao longo do mês de abril. O processo deverá conferir se foram encontrados registros de militares da ativa, da reserva, reformados, pensionistas e anistiados.
Caso seja comprovada a participação de algum destes eles serão autuados pela justiça e deverão devolver os valores para a União. Além disso, serão aplicadas punições de ordem administrativa e disciplinar.
“Já estão sendo adotadas todas as medidas necessárias à rigorosa apuração do ocorrido, visando identificar se houve valores recebidos indevidamente, de modo a permitir a restituição ao erário e as demais considerações de ordem administrativo-disciplinar, como necessário”.
Até o momento não foram anunciados números para contabilizar a quantidade de auxílios liberados indevidamente.