O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), decretou que a capital do estado estará em lockdown por duas semanas a partir desta sexta-feira (5). O anúncio foi transmitido aos cearenses após o aumento nos casos de morte por Covid-19 no município de Fortaleza.
O decreto foi anunciado pelo governador, junto com o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), e o secretário de saúde, Dr. Cabeto, na quarta-feira (3), em transmissão ao vivo, e sua publicação aconteceu hoje.
Durante o anúncio, o governador deixou claro que não foi uma decisão fácil de ser tomada, já que afeta diretamente a economia do Estado que ainda está se recuperando dos impactos gerados pela pandemia em 2020.
Porém, Camilo deixou claro que essa é a única solução até que possam vacinar e proteger toda a população. Por isso, a única alternativa para conter a disseminação da doença no estado é adotar medidas mais restritivas.
As restrições mais severas em Fortaleza começarão nesta sexta-feira (5) e se estenderá até o dia 18 de março. Diante disso, apenas as atividades econômicas consideradas essenciais poderão funcionar, como hospitais, clínicas veterinárias, farmácias e mercados.
O governador também recomendação o lockdown para os demais municípios que estão passando por situação semelhante ou que estão tendo aumento nos casos. O Ceará contabilizou, na última quarta-feira (3), 84 mortes por conta da Covid-19.
O secretário de Saúde, Dr. Cabeto, pediu que os cearenses sigam as recomendações pelos 14 dias e disse que esse não é apenas um pedido seu, mas, principalmente, dos profissionais de saúde que estão vivenciando o aumento de casos e mortes todos os dias.
A ideia do governo do estado do Ceará é que a população de Fortaleza permaneça em casa pelos 14 dias de lockdown. Porém, os profissionais que trabalham na linha de frente no combate a doença e os que trabalham para garantir a segurança do município podem circular nas vias em função do trabalho.
Sendo assim, os agentes da Secretaria Municipal de Saúde os guardas municipais e os profissionais da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), da Etufor, do Procon e da Agência de Fiscalização do Município (AGEFIS) estarão responsáveis pela fiscalização na capital.