Aprovação do auxílio emergencial em 2021 não tem sido bem vista no governo federal. Nessa semana, o ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou que caso não seja apresentada uma contrapartida fiscal, a concessão do coronavoucher colocará o Brasil em estado ‘caótico’. De acordo com ele, o Congresso precisa viabilizar novas propostas.
As novas parcelas do auxílio emergencial estão prestes a ser liberadas, mas o assunto ainda é motivo de tensão na administração federal.
Em participação especial no podcast Primo Rico, Guedes afirmou estar preocupado com o futuro econômico do país caso não haja uma contrapartida fiscal.
De acordo com o ministro, a liberação das parcelas terá um efeito negativo para o país, tendo em vista que até o momento não foi apresentada nenhuma proposta que ajude na definição da folha orçamentária do poder público.
PEC emergencial
Ao longo de sua entrevista, Guedes confirmou que o novo valor das mensalidades será de R$ 250. No que diz respeito a previsão do pagamento, informou ainda que não começou a ser feito ainda, pois será preciso aprovar a PEC Emergencial que traz justamente contrapartidas para a manutenção das despesas.
“Acho que o Congresso vai aprovar. Queremos ir para a estrada certa e tenho confiança que o Congresso vem junto. Tentar empurrar o custo para outras gerações, juros começam a subir, acaba o crescimento econômico, endividamento em bola de neve, confiança de investidores desaparece. É o caminho da miséria, da Venezuela, da Argentina”, comparou.
Segunda onda da covid-19 desestabiliza a economia
Questionado sobre as projeções econômicas de 2021, Guedes informou que nesse momento deve se concentrar apenas em conter o caos gerado pela segunda onda de casos do novo coronavírus.
Para ele, a atenção central deve ser para a campanha de vacinação que poderá garantir o funcionamento do mercado e consequentemente ajudará nas contas federais.
“Vai para a hiperinflação. Você está em endividamento em bola de neve, filhos e netos nossos terão impostos muito altos no futuro para pagar essa falta de coragem de uma geração de enfrentar seus problemas”, completou.
O ministro encerrou sua entrevista solicitando moderação quanto aos programas de transferência devido ao buraco orçamentário do governo.