O megavazamento de dados de cidadãos e autoridades brasileiras na internet será investigado pela Polícia Federal, que já abriu inquérito para apurar os fatos. Ao todo, foram atingidos mais de 223 milhões de nomes, o que vem a ser o maior vazamento já registrado no Brasil.
De acordo com informações da TV Globo, o inquérito foi aberto pela Polícia Federal após um pedido da Autoridade Nacional de Proteção de Dados.
Ela é a responsável pela proteção de dados do país, além de implementar fiscalizar o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil.
Ainda nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a investigação do vazamento de CPFs e dados pessoais dos ministros do tribunal através da internet.
A investigação será uma continuidade do “inquérito das fake news”, iniciado em 2019, pelo então presidente do STF, Dias Toffoli.
O que é o megavazamento?
Vale destacar que o megavazamento é, na verdade, a união de dois grandes vazamentos. O primeiro explanou 223 milhões de números de Cadastro de Pessoa Física (CPF), além de nome, sexo e data de nascimento.
O outro, além de todas essas informações, incluía dados sobre escolaridade, benefícios do INSS e programas sociais (como o Bolsa Família), renda e até fotos.
Vale ressaltar também que o número de documentos vazados é maior do que o número de habitantes do Brasil porque foram vazados também dados de pessoas que já faleceram.
Quais são os riscos?
Até o momento não se sabe quem é o responsável pelo vazamento, tampouco de onde os dados foram retirados. Sabe-se porém, que informações importantes como renda, endereços e fotos estão sendo vendidos para terceiros a alto custo.
Com uma série de informações pessoais de indivíduos aumenta a chance de cometerem fraudes, como, por exemplo, saques indevidos – não só em contas bancárias, como em benefícios sociais, a exemplo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).