Bolsonaro e ministros do STF entram na mira de hackers após vazamento de dados

O vazamento de 223 milhões de CPFs , 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos, incluiu algumas das maiores autoridades do país. Como o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro e ministros do STF entram na mira de hackers após vazamento de dados
Bolsonaro e ministros do STF entram na mira de hackers após vazamento de dados (Imagem Google)

A empresa de segurança Syhunt analisou alguns dos arquivos vazados na internet e disse que não é possível detectar a identidade e nem a quantidade de pessoas ligadas ao vazamento.

Um dos arquivos vazados foi classificado como o “catálogo” das informações dos hackers. Este arquivo permite fazer uma busca com nome completo ou CPF para localizar uma informação vazada.

São 37 categorias de informações vazadas: básico simples, básico completo, e-mail, telefone, endereço, Mosaic (um serviço oferecido pelo Serasa), ocupação, score de crédito, registro geral, título de eleitor, escolaridade, empresarial, Receita Federal, classe social, estado civil, emprego, afinidade, modelo analítico, poder aquisitivo, fotos de rostos, servidores públicos, cheques sem fundos, devedores, Bolsa Família, universitários, conselhos, domicílios, vínculos, LinkedIn, salário, renda, óbitos, IRPF, INSS, FGTS, CNS, NIS e PIS.

De acordo com o catálogo, grande parte das informações são relativos ao ano de 2019, porém existem bases de 2017, 2018 e 2020 no pacote. A categoria ‘fotos de rostos’ também tem arquivos entre 2012 e 2020.

A categoria que foi totalmente publicada pelos hackers e deve atingir o maior número de pessoas é o básico simples que possui CPF, nome completo, sexo, gênero e data de nascimento.

STF reage

Após a publicação desta informação, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, solicitou providências. Ele considerou também que o vazamento de dados de milhões de pessoas é gravíssimo. Os especialistas consideram este o maior roubo de informações do Brasil.

Caso grave

A origem dos vazamentos ainda não foi identificada. De início, o Serasas foi apontado como a fonte dos dados pois além do hacker dizer ter obtido as informações através do birô de crédito, os pacotes de dados faziam referência a empresa. A Serasa negou ter sido a fonte.

Não é possível determinar a fonte dos vazamentos, mas os especialistas já consideram a ideia de que os dados tem origem de várias fontes.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.