Meu CPF e dados pessoais foram vazados; e agora, quais as consequências?

Na última semana, o vazamento dos dados pessoais de 220 milhões de brasileiros deixou o setor da segurança da informação em alerta. Ainda não existem muitas informações concretas sobre a origem dos vazamentos, porém por conta do alto volume de informações, foi descartada a hipótese que tudo tenha saído de uma única fonte.

Meu CPF e dados pessoais foram vazados; e agora, quais as consequências?
Meu CPF e dados pessoais foram vazados; e agora, quais as consequências? (Imagem: Google)

Entre os vazamentos estão números de CPF, score de crédito, cheques sem fundos, números de telefone, entre outros dados. Foram divulgados também os dados de 104 milhões de veículos, de placas e até o tipo de combustível usado, de acordo com a PSafe, uma das empresas que identificou o vazamento.

Qual risco posso correr com esses vazamentos?

Os especialistas afirmam que o risco é alto, por conta do número de informações reunidas. Em posse de dados como CPF, nome completo, data de nascimento e telefone, o golpista já pode solicitar um cartão de crédito, por exemplo.

“Tem milhões de coisas que se pode fazer. De cometer crimes no seu nome até invadir a vida privada”, explica Andrea Willemin, advogada com experiência em proteção de dados.

A partir de agora, a recomendação dada pela professora de redes da PUC-RS, Cristina Moreira é acompanhar os extratos de sua conta bancária e do cartão de crédito. Ela também diz para as pessoas desconfiarem de consultas atípicas ao CPF que não tenham sido pedidas.

Origem dos vazamentos

A suspeita da origem dos vazamentos e da base de dados da empresa de análise de crédito Serasa Experian. Um dos motivos que levaram a esta suspeita é o vazamento do score de crédito e a base de dados Mosaic, que classifica os consumidores em 11 grupos e 40 segmentos e é usada pelo Serasa. Porém a empresa nega ser a fonte dos vazamentos.

Uma hipótese levantada é que o banco de dados vazados na rede foi sendo criado aos poucos, cruzando informações de várias origens.

Segundo o o engenheiro de sistemas e computação e professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Edison Pignaton de Freitas. “É difícil imaginar que uma única instituição tivesse acesso a tanta informação”, explica.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.