Nesta terça-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil está “quebrado”. Ele alegou que não consegue “fazer nada” e citou a ampliação da isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) como um exemplo de promessa que não consegue concretizar.
Na saída do Palácio da Alvorada, o presidente Bolsonaro alegou aos apoiadores que gostaria de alterar a tabela do IRPF. “Teve esse vírus, potencializado pela mídia sem caráter”, prosseguiu.
Durante o ano de 2019, o presidente retomou o assunto sobre a ampliação da isenção do Imposto de Renda. Nessas ocasiões, ele indicou que o governo estava estudando a possibilidade de colocar em prática a promessa feita por Bolsonaro.
A promessa feita na campanha eleitoral de 2018 era de que o imposto seria isento para quem ganhasse até R$ 5 mil por mês. Atualmente, a isenção está sendo oferecida para quem ganha até R$ 1.903,98 por mês.
No ano passado, a proposta de Bolsonaro apresentava dificuldade de ser aprovada, mesmo sem a existência da pandemia de covid-19. No final de 2019, ele chegou a propor um aumento da tabela de isenção para R$ 3 mil. Apesar disso, ele não conseguiu dar prosseguimento ao planejamento.
Bolsonaro sanciona Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021
Caso o governo aprove a mudança do valor de isenção do Imposto de Renda, implicaria em uma redução na arrecadação para o governo. Na semana passada, Bolsonaro sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, que definiu como meta de resultado das contas públicas um rombo de até R$ 247,1 bilhões.
Por meio da LDO, há a definição das metas e prioridades do governo para este ano. Ela orienta a definição da lei orçamentária anual e determina limites para os orçamentos do poder Judiciário e Legislativo.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias estima um crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% para 2021. Para o índice de Preços ao Consumidor Amplo, a previsão também está em 3,2%. Na LDO, ainda há a estimativa da taxa Selic em 2,1% e da taxa de câmbio média de R$ 5,3/US$.