Beneficiários do Bolsa Família, em São Paulo, deverão ganhar benefício extra de R$ 100 mensais pelo auxílio emergencial. Na última semana, a Câmara Municipal do estado aprovou, em votação definitiva, um projeto de lei que permitirá que, durante os próximos três meses, os segurados do BF tenham acesso a novos valores.
A medida deverá ainda ser analisada pelo prefeito Bruno Covas para ganhar sua sanção definitiva.
Mesmo com o auxílio emergencial em vigor, o governo de São Paulo está trabalhando para criar um novo benefício para os cidadãos registrados no Bolsa Família.
A iniciativa já tinha sido anunciada durante um debate eleitoral, onde Covas viu a oportunidade de ampliar sua popularidade por meio do voto popular.
A ideia é que durante os próximos três meses os segurados do Bolsa Família recebam os valores de extensão do auxílio emergencial ao mesmo tempo em que também contem com um acréscimo de R$ 100 em suas contas.
A iniciativa deverá gerar um custo relativamente alto para a administração pública, com um valor de R$ 400 milhões, mas será inteiramente de responsabilidade municipal.
Corrida eleitoral
Tentando uma reeleição, Bruno Covas apoiou o benefício extra para o Bolsa Família depois que seu principal adversário, Celso Russomanno (Republicanos) informou que pretende criar um programa de transferência de renda, similar ao auxílio emergencial, após o período de pandemia.
Diante do anunciado, Covas deu início a elaboração de sua própria agenda social para tentar se manter no cargo administrativo. O projeto a ser sancionado é de autoria do opositor Eduardo Suplicy (PT), que defende uma pauta de renda básica universal.
É válido ressaltar que, de acordo com o calendário do governo federal, as liberações do auxílio emergencial serão finalizadas até o mês de dezembro. Porém, optando o prefeito de São Paulo por manter o programa, o mesmo não será impedido desde que seja custeado com os recursos da cidade.
Ainda não se sabe que a extensão permanecerá de fato válida até o mês de janeiro, tendo em vista o fim do período eleitoral e nova gestão pública em caso de alteração entre os atuais candidatos. A ideia é que o programa seja utilizado como trampolim até o segundo turno da eleição.