O novo programa habitacional Casa Verde e Amarela, da gestão do atual presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), irá substituir o Minha Casa Minha Vida do governo Lula (PT). A ideia é ampliar o programa e disponibilizar taxas de juros mais baixas.
A mudança não é apenas no nome, pois, segundo Rogério Marinho, ministro de Desenvolvimento Regional, o novo programa traz juros mais baixos nunca alcançados em um financiamento habitacional.
O governo prevê uma redução das taxas para o financiamento, sendo que para o Norte e o Nordeste a redução seria maior (4,25% ou 4,75%). Além disso, muda a renda base mensal e o limite do valor dos imóveis financiados.
Com isso, segundo o ministro Rogério Marinho, serão contempladas mais de 1 milhão de pessoas devido a mudança da renda base mensal. A expectativa do governo é que 1,6 milhão de famílias de baixa renda sejam contempladas até 2024.
Além disso, haverá um aumento de 350 mil moradias em relação ao que se conseguia atender com os critérios do Minha Casa Minha Vida nos próximos quatro anos.
O novo programa habitacional foi lançado no dia 25 de agosto, sob administração do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), com o objetivo de facilitar ainda mais o acesso da população à moradia.
Há críticas que afirma que o presidente só vai mudar o nome e continuar com o programa já existente. Assim, essa seria apenas uma jogada de marketing para criar uma marca para o governo e desvincular os programas sociais a antiga gestão petista.
Dessa maneira, será possível usar o programa habitacional como ferramenta de campanha política nas eleições de 2022.
Essa ideia também justifica o fato de investir em políticas especiais para as regiões Norte e Nordeste, já que essas são onde se concentra o maior número de eleitores petistas.
Segundo Frederico Ramos, professor de microeconomia da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e pesquisador no centro de estudos urbanos da Universidade de Amsterdã, “O Minha Casa Minha Vida já praticava juros menores que o mercado. Agora a Selic está bastante baixa. Não sei se isso é um discurso, porque há espaço para essa redução.”.