Criação de novos impostos vira ponto de conflito na presidência. Nessa semana, o chefe de estado, Jair Bolsonaro, precisou se pronunciar sobre o desenvolvimento de um novo CPMF. A iniciativa é do ministro da economia, Paulo Guedes, e faz parte do projeto da reforma tributária. Ao informar as novas tarifas, o gestor foi questionado sobre a possibilidade de redução na faixa de isenção do IRPF, alegando estar avaliando o processo.
A reforma tributária é um ponto anunciado desde a época de campanha do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com ele, o projeto tem como finalidade facilitar e otimizar as cobranças federais, fazendo assim com que a União consiga obter recursos de forma mais rápida.
Sobre a criação de um novo CMPF, Bolsonaro garantiu que só será validado caso compensado com a extensão de outro imposto.
— O que eu falei com o Paulo Guedes é que pode ser o imposto que você quiser. Tem que ver do outro lado o que vai deixar de existir. Se vai diminuir o IR (Imposto de Renda), desonerar folha de pagamento, acabar com o IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) — disse o presidente.
Guedes cria um novo CPMF
Na última sexta-feira (31), Bolsonaro teria dado o aval para que Guedes testasse a aceitação do novo CMPF. O imposto será destinado aos serviços bancários digitais, fazendo com que empresas como bancos online passem a pagar pelas atividades financeiras.
De acordo com o presidente, a decisão de anunciar o novo tributo teve como finalidade ver a aprovação do mesmo a nível nacional. Entretanto, em caso de rejeição, garantiu considerar não aplicar as alterações.
— Não tem aumento de carga tributária, é para substituir imposto. Para aumentar o pessoal não aguenta mais. Se o povo não quiser, então deixa como está. —
Posicionamento da Câmara
Na Câmara dos Deputados, o presidente Rodrigo Maia já se posicionou de forma contrária. De acordo com ele, a aplicação de um novo imposto resultará em um aumento na carga tributária e irá gerar um impacto negativo na economia nacional.
— Não é apenas aumento da carga tributária. Tem todo o impacto negativo na economia de um imposto parecido com a CPMF — afirmou Maia.