Bilionário afirma: “a felicidade não tá no dinheiro”

Durante o programa “1 bilionário vs 30 trabalhadores”, o empresário Flávio Augusto, fundador da Wise Up e ex-dono do Orlando City, trouxe um tema que divide opiniões: “dinheiro traz felicidade?”.

Segundo ele, é preciso “não ser hipócrita”, uma vez que, o dinheiro é importante e melhora a vida de quem o tem. No entanto, a felicidade verdadeira não depende do saldo bancário.

Assim, Flávio revelou que, mesmo após alcançar o status de bilionário, se sentia mais completo em sua juventude, quando vivia com a avó.

“Eu me sinto um cara feliz, mas eu já era feliz antes de ter dinheiro. Eu tive uma vó maravilhosa […] eu tive uma criação com amor… Eu tive esse privilégio de ter tido uma família estruturada.

Então, eu sempre fui feliz. Não sou mais feliz hoje! E eu faço questão de dizer isso, porque muita gente corre atrás da grana, achando que ela vai te trazer felicidade. A felicidade não tá no dinheiro“.

 O empresário associou esse sentimento às raízes emocionais da felicidade, que vão além do sucesso financeiro.

O paradoxo da riqueza e a felicidade

A fala de Flávio Augusto ecoa um dilema comum entre os super-ricos. Estudos da Universidade de Princeton mostram que a felicidade cresce até certo ponto de renda — cerca de US$ 75 mil por ano, ou o equivalente a R$ 35 mil mensais.

Acima disso, o aumento de dinheiro não eleva mais o bem-estar subjetivo.

Isso ocorre pelo fenômeno conhecido como “adaptação hedonista”: à medida que o padrão de vida sobe, o cérebro se acostuma e exige novas conquistas para gerar o mesmo prazer.

Assim, a satisfação se torna fugaz — uma busca constante por algo sempre além.

No caso de Flávio, o contraste entre o amor da infância e o ritmo competitivo da vida adulta expõe essa lógica.

A riqueza amplia as possibilidades, mas pode reduzir a simplicidade das relações humanas, onde reside boa parte da felicidade genuína.

Dinheiro compra conforto, não propósito

A fala do bilionário também abre espaço para reflexão social. Em um país como o Brasil, onde a desigualdade é marcante, dizer que “dinheiro não traz felicidade” pode soar distante da realidade da maioria.

Por isso, o equilíbrio é essencial: o dinheiro garante dignidade, escolhas e segurança. Porém, a felicidade nasce daquilo que o dinheiro não compra, como tempo, vínculos e propósito.

No fim, a mensagem de Flávio Augusto é um convite à honestidade: buscar prosperidade sem esquecer o afeto e o sentido da vida.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.