O Banco do Brasil começou a ofertar empréstimos através do Pronampe, linha de crédito destinada as micro e pequenas empresas. O programa foi lançado a cerca de um mês e sua intenção é atenuar os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus.
Até o momento, de acordo com o Banco do Brasil, 1.500 operações já foram fechadas. O banco projeta alcançar 180 mil micro e pequenas empresas ofertando R$3,7 bilhões.
Uma média de 43 mil empresas já se mostram interessadas pelo Pronampe, e caso todas realizem a contratação, o montante atingirá os R$2 bilhões.
A Caixa Econômica começou a oferecer o programa na última semana, e já de inicio registrou também cerca de 1.500 operações.
O assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif que é um dos criadores do Pronampe, deseja que a linha seja oferecida pelos grandes bancos comerciais a partir de 15 de julho. Até o momento, cinco bancos incluindo a Caixa e o BB já aderiram.
O Pronampe tem sua base em um sistema de garantias formado por dinheiro público. Para possibilitar a linha, o governo criou um fundo de R$ 15,9 bilhões. Este fundo é destinado para cobrir os riscos de possíveis inadimplências dos empréstimos feitos através do programa.
Empresas que tem um faturamento de no máximo R$ 4,8 milhões estão autorizadas a tomar emprestado até 30% do faturamento no ano passado. Desta forma, se a receita bruta do tomador foi de R$ 100 mil em 2019, o seu limite máximo de crédito será de R$ 30 mil. O valor disponível foi divulgado pela Receita Federal.
A atratividade do Pronampe para os bancos privados ainda é incerta, principalmente considerando a taxa de juros que é baixa: 1,25% ao ano, além da Selic (hoje em 2,25% ao ano).
Restrições no Banco do Brasil
As empresas precisarão passar pelo crivo das politicas de crédito de cada banco, como nível de relacionamento por exemplo.
Claudio Motta, o vice-presidente de varejo do Banco do Brasil, não descartou que a inadimplência será levada em consideração na análise, mesmo em meio a pandemia, porém ela pode ser flexibilizada pelo gerente:
“O histórico do cliente no limite de crédito é sempre levado em conta. Por isso que a gente não é inflexível. Algumas restrições passam por uma eventual flexibilização por parte da própria agência”, finalizou.