O termo IA Slop descreve conteúdo produzido em massa por inteligência artificial, com pouco ou nenhum cuidado humano. Desse modo, devemos incluir materiais como textos, imagens, áudios e vídeos que existem apenas para gerar volume, cliques e lucro rápido, sem foco em qualidade ou precisão.
O termo se popularizou em 2024, ganhando força logo após alertas de especialistas como Simon Willison. De todo modo, é possível traduzir a expressão como “lixo digital” e até mesmo spam. E claro, reflete a crescente poluição informacional da web.
Características do IA Slop
Entre as marcas desse tipo de conteúdo estão a reciclagem de material existente, redundância e uso para poluir buscadores e redes sociais.
O resultado é uma “ilusão de diversidade”, com peças que parecem diferentes, mas essencialmente são iguais.
Outro risco é o chamado model collapse, quando IAs passam a treinar apenas com dados já gerados por outras IAs. Isso, no entanto, reduz drasticamente a qualidade do produto final.
Conexão com a Teoria da Internet Morta
A proliferação do IA Slop aumenta a desinformação, enquanto reduz a visibilidade de conteúdo humano e prejudica a experiência do usuário.
Figuras como John Oliver já alertaram para o risco de uma internet tomada por esse material.
Esse cenário se conecta à Teoria da Internet Morta, que sugere que boa parte das interações online já é mediada por sistemas automatizados.
O IA Slop se encaixa como combustível dessa “internet simulada”, reforçando o ciclo de poluição digital e enfraquecendo o conteúdo genuíno.
O futuro da internet se vê em risco
Se a produção de IA Slop continuar acelerando, a tendência é que buscadores e redes se tornem ainda menos confiáveis.
A disputa por atenção será travada entre algoritmos, deixando usuários com cada vez menos acesso a informações úteis.