A tendencia de queda do dólar comercial observada nos últimos dias se manteve hoje (4). Às 13h35, o dólar era negociado a R$5,044, com recuo de 3,21% atingindo o menor índice de cotação desde o fim do mês de março. Em maio, a cotação da divisa ficou próxima dos R$6. Na cotação mínima desta sessão, atingiu R$5,17.
A queda do preço da moeda americana no Brasil, vai de encontro a um movimento global, que segue um otimismo de parte dos investidores diante das perspectivas de reabertura das principais economias europeias que sofreram com a pandemia do coronavírus, como a Itália e a Espanha.
As bolsas estão em alta no mundo todo, em São Paulo por exemplo, a B3, o Ibovespa que é a mais importante referência do mercado de ações avança 2,41% aos 93.236 pontos.
No dia 26 de março deste ano, foi a última vez em que a divisa dos Estados Unidos operou abaixo dos R$ 5,05. Ontem (2), a moeda recuou 3,25% e registrou a maior queda percentual nos últimos dois anos.
Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset, diz que essa queda é um reflexo da volta de parte dos investidores à compra de ações e aos demais investimentos de risco.
A avaliação do mercado diante dos esforços da Espanha e da Itália que foram os países europeus mais atingidos pelo coronavírus, de reabrir a atividade econômica, foram elogiados. O governo de Roma decidiu reabrir hoje suas fronteiras aos países do continente. Madri suspende a quarentena para estrangeiros a partir do próximo mês.
“Há um mês, a Itália registrava os maiores números diários de morte. Agora, reabre sua economia. Na avaliação do mercado, isso mostra que o processo de retomada pode acontecer em um espaço de tempo menor que o previsto inicialmente”, disse Fabrizio Velloni, da Frente Corretora.
Pelo segundo pregão seguido, a cotação das empresas aéreas disparou no Ibovespa. Os papéis preferenciais (PN, sem direito a voto) de Azul e Gol subiram, respectivamente, 13,19% e 16,55%. Na esteira, as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da operadora de turismo CVC sobem 14,09%.
Devido o isolamento social, o setor de turismo foi um dos mais atingidos pela crise, começa a reagir e apresentar sinais positivos com as medidas de flexibilização da quarentena sendo aplicadas nos países.