Nesta terça-feira (19), após o fechamento do mercado, os investidores vão saber se o Banco Inter seguiu seus concorrentes e aumentou o seu colchão contra calotes. Há uma medida de previsão de piora no cenário econômico por conta da crise causada pelo coronavírus.
Os analistas esperam que o lucro líquido do banco chegue a 17 milhões de reais, muito acima dos 12 milhões que o banco obteve no ano passado.
Apesar disso, ainda estará abaixo dos 24,7 milhões que foram registrados no quarto trimestre de 2019, segundo o relatório de consenso de mercado.
Esse aumento no provisionamento para os devedores deve acompanhar o crescimento natural da carteira de crédito.
Segundo uma prévia operacional que foi divulgada pelo banco no mês passado, abril, no primeiro trimestre a originação desse crédito alcançou 1,3 bilhão de reais, o que representa uma avanço de 66% com relação ao mesmo período do ano passado.
O grande volume é um reflexo da alta de 735% da originação de crédito para empresas, categoria que somou 649 milhões de reais e representou 13% do crédito consignado para 328 milhões de reais e 147% dos crédito que atingiu 376 milhões.
O que deve atrair os investidores também é o número de clientes, no primeiro trimestre o banco atingiu a marca de 4,9 milhões de correntistas e no mês passado, em 7 de abril, o banco bateu a marca de 5 milhões de clientes correntistas.
Isso fez com que o volume de transações no cartão aumentasse em 21,7 vezes para 2,8 bilhões de reais.
Os acionistas devem se interessar também pelos programas lançados pelo banco para diminuir os efeitos da crise para os seus clientes.
No final de abril, o banco anunciou que vai antecipar 250 milhões de reais, sem custos, para empresas e negócios individuais ligados a vendas pagas com cartão de crédito.
Isso vale para clientes do banco com empresa aberta há pelo menos um ano e para vendas com prazo de até 90 dias.
Os empresários que precisarem de um prazo maior irão pagar uma taxa de 1% ao mês, por até 36 meses.
Além disso, o banco Inter anunciou outra linha de até 300 milhões de reais para pequenos e médios varejistas dos shoppings administrados pela brMalls.