Desde setembro do ano passado o Brasil ocupava o primeiro lugar no ranking mundial de juros reais. Mas, após a taxa Selic ter caído de 13,25% para 12,75% na última quarta-feira (20), o país foi para o segundo lugar nesta pesquisa. A mudança afeta os bolso de milhões de pessoas, e os efeitos já começaram.
Na última quarta-feira (20) após mais uma reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC), foi decidido reduzir a taxa Selic no país. Este é o segundo corte consecutivo feito na taxa básica juros, após pressão pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para diminuição.
De acordo com o Banco Central esta nova redução só foi possível porque houve queda perceptível na inflação. Já que a taxa é calculada com base no abatimento da inflação prevista para o próximo ano (12 meses). No entanto, não negou que as projeções ainda apontam para inflação acima da meta, em torno de 4,9% em 2023.
Com a mudança na taxa Selic automaticamente os bancos começam a se posicionar para reduzir os custos dos seus produtos. É que a Selic é a referência para todas as operações de financiamento, empréstimos, e etc., logo quanto menor esse percentual mais barato é contratar crédito.
O Copom se reúne novamente em 31 de outubro e 1º de novembro, e as expectativas são boas. Segundo o Comitê a ideia é manter os cortes em torno de 0,5 pontos. Hoje, a Selic em 12,75% chega ao menor patamar desde junho de 2022 quando também estava em 12,75%.
Mudanças para o consumidor com a redução na taxa Selic
O aumento ou redução da taxa Selic tem impacto direto na economia e ainda influencia as decisões dos agentes econômicos, como bancos e financeiras. Isso porque, essa é a base, a referência para que todas as demais taxas sejam adotadas no mercado financeiro.
Com a Selic baixa os reflexos na economia são:
- Diminuição nos juros cobrados em créditos financeiros como rotativo do cartão, empréstimo, financiamento, compras no crediário;
- Incentivo ao consumo, já que as compras a prazo ficam mais baratas;
- Diminuição nos retornos das aplicações em renda fixa, por exemplo dos CDBs e títulos do governo.
A Caixa Econômica, por exemplo, já anunciou a redução dos juros do empréstimo consignado para a partir de 1,55% ao mês.