Desde o início do seu mandato, o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) tem discursado sobre o interesse de lançar uma série de novidades para o seu governo. Entre elas, um projeto que prevê a renegociação de dívidas dos brasileiros que estão inadimplentes. O programa ainda não foi oficialmente relançado, mas já ganhou nome e projeções, chamará Desenrola Brasil.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o responsável por cuidar dos detalhes finais do programa Desenrola. Embora o presidente Lula tenha dito recentemente que “não existe proposta de ministro“, mas sim uma concordância entre toda a equipe do atual governo, tem sido o Haddad o responsável por dar os detalhes sobre o programa de renegociação de dívidas dos brasileiros.
O interesse de oferecer esse programa surgiu com os recentes dados que indicam um número surpreendente de endividados. Em 2022, a cada 100 famílias brasileiras, 78 estavam endividadas. O patamar é o mais elevado da série histórica da Peic ( Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), com início em 2010.
Ao G1, a economista da CNC, Izis Ferreira, acredita em três fatores que explicam esse recorde. Como: a alta da inflação que corroeu o poder de compra das famílias; o incentivo crescente ao uso do cartão de crédito; e, para os mais ricos, a demanda represada por serviços. Por isso, o desejo pelo oferecimento do Desenrola Brasil.
Como vai funcionar o programa de Lula para negociar dívidas
Ao que tudo indica, o Desenrola ainda não está pronto para ser lançado. A previsão inicial era fevereiro desse ano, mas isso não aconteceu. De acordo com a Folha de S. Paulo, o governo Lula espera a estruturação de uma plataforma digital confiável que ainda será construída. A ideia é que a negociação seja feita online.
Com as informações que já foram repassadas é possível entender que o programa funcionará da seguinte forma:
- Primeira fase: negociação de dívidas feitas com instituições bancárias, com potencial para atingir 1,5 milhão de pessoas;
- Segunda fase: beneficiará pessoas inscritas em programas sociais ou com renda de até dois salários mínimos. Oferecendo descontos de até 90%, 60 parcelas e taxa de juros de 1,99% ao mês.