Alguns segurados do Bolsa Família serão submetidos a um recadastramento executado pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O procedimento tem o objetivo de realizar a atualização cadastral daqueles beneficiários com indícios de fraude, e assim, assegurar que o recurso seja pago a quem realmente é elegível.
O recadastramento do Bolsa Família usará como base, os dados fornecidos pelos segurados do programa ao Cadastro Único (CadÚnico). O sistema é uma espécie de banco de dados do Governo Federal que reúne informações da população brasileira de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social.
Lembrando que o CadÚnico é a porta de entrada para uma série de programas e benefícios sociais que vão além do Bolsa Família. A princípio, do total de 40 milhões inscritos no sistema, 10 milhões de famílias caíram no pente-fino do Bolsa Família e precisarão fazer a atualização cadastral caso queiram ter a chance de receber o benefício que pode chegar a R$ 900.
No entanto, entre essas 10 milhões de famílias, a prioridade será direcionada a uma parcela de 2,5 milhões de beneficiários com fortes indícios de fraude no programa. Conforme declarado pela nova presidente do Banco do Brasil (BB), Tarciana Medeiros, o recadastramento será feito por etapas.
“Começaremos com 2,5 milhões de famílias com maiores indícios de problemas, depois vamos para até 10 milhões para completar informações que faltam nos cadastros. Estamos cruzando os dados para começar o recadastramento em fevereiro”, afirmou.
Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, o pente-fino do Bolsa Família é o primeiro passo para a reestruturação do programa, garantindo que o benefício chegue adequadamente ao público-alvo.
Enquanto isso, a equipe da pasta se empenha na elaboração das características do programa. Dias informou que um modelo deve ser apresentado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no mês de fevereiro, visando o relançamento oficial para março.
Quais serão as regras do Bolsa Família 2023?
Claramente, o Bolsa Família 2023 será direcionado à população brasileira em situação de vulnerabilidade social. Diferentemente do Auxílio Brasil, o futuro programa social pretende reviver algumas condicionalidades, como a manutenção de uma boa frequência escolar e o cartão de vacinação atualizado.
Neste sentido, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, deve se reunir com os ministros da Saúde e da Educação para alinhar as diretrizes. O debate entre os ministros visa restabelecer as regras de frequência escolar e atualização do cartão de vacina das crianças que compõem famílias beneficiárias do Bolsa Família 2023.
As regras que vigoraram durante anos, foram deixadas de lado durante a gestão do ex-presidente, Jair Bolsonaro. Após observar o interesse do governo Lula em reviver várias das antigas características do antigo programa, acredita-se que a tendência permaneça no que diz respeito às regras para a concessão do benefício.