Durante debate eleitoral promovido pela TV Band na noite do último domingo, (28), o presidente da República e candidato às eleições 2022, Jair Bolsonaro, afirmou que “a economia está bombando”. A menção do presidenciável causou um alvoroço entre os demais candidatos que apresentaram provas de uma realidade distinta.
A afirmação de Bolsonaro se tratou de um comentário sobre a situação econômica e de desemprego do Brasil. A princípio, a declaração compôs a etapa final de um embate com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao final, Ciro Gomes também reagiu à fala do chefe do Executivo Nacional citando números de brasileiros na informalidade.
Bolsonaro começou atacando o PT, afirmando que a mentira já está no DNA do partido político. O discurso consistia em um ataque sobre as votações contrárias ao Auxílio Brasil. A fala foi uma resposta às críticas de Lula de que o programa não teria obtido um planejamento responsável por parte do atual governo.
“Não podemos ser inconsequentes. O orçamento é outra coisa, temos um teto de gastos, temos muita coisa planejada para os mais pobres, diferente do PT, que pagou uma miséria de Bolsa Família. Entramos nessa área para valer. Ele [Lula] está preocupado com votos, apenas isso. Nós temos ao nosso lado a verdade e a responsabilidade”, disse Bolsonaro.
Foi então que Ciro Gomes reagiu evidenciando a desordem na qual o país se encontra, alegando estar chocado ao ouvir Bolsonaro dizer que “a economia está bombando”. Para Ciro, o mais absurdo nesta declaração é o nível de alienação, ódio e mentira enquanto o Brasil se encontra dividido.
“Quase 50 milhões de pessoas estão esfoladas, vivendo na informalidade, com uma jornada semanal de 50, 60 horas, sem o descanso remunerado, sem férias, décimo terceiro. A saúde mental do nosso povo está se deteriorando, estamos produzindo 50 milhões de brasileiros que vão envelhecer e não vão ter aposentadoria”, afirmou o candidato às eleições 2022.
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Bolsonaro, Ciro e Lula apresentam propostas econômicas para as eleições 2022
Em meio às discussões a respeito do desempenho da economia brasileira, Bolsonaro, Ciro e Lula, principais candidatos à presidência da República, já apresentaram as propostas as quais acreditam que irão recuperar o país. Confira:
Jair Bolsonaro
Veja os pontos mais acentuados por Bolsonaro:
- Desoneração da folha de pagamento;
- Criação da carteira de tra
- balho verde e amarela;
- Redução da dívida pública em 20%;
- Equilíbrio no reajuste dos impostos;
- Introduzir um modelo de capitalização na Previdência;
- Unificação dos tributos federais;
- Redução do Imposto de Renda.
Em contrapartida, das promessas de campanha feitas ainda em 2018, Bolsonaro conseguiu cumprir:
- Reduzir alíquotas de importação e barreiras não tarifárias;
- Simplificar a abertura e o fechamento de empresas;
- Não recriação da CPMF;
- Fazer com que os preços praticados pela Petrobras sigam os mercados internacionais;
- Reduzir a carga tributária bruta;
- Acabar com o monopólio da Petrobras na cadeia de produção do gás natural;
- Vender ativos da Petrobras;
- Ter independência formal do Banco Central.
Ciro Gomes
- Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND);
- Financiamento e taxação de grandes fortunas;
- Estímulo à Indústria;
- Aumento do controle governamental na Petrobras;
- Fim do teto de gastos;
- Refinanciamento de dívidas e renda mínima;
- Prisão em segunda instância e limitação do foro privilegiado;
- Criação de um “Complexo Industrial de Defesa”;
- Regulamentação dos direitos trabalhistas a quem presta serviços por aplicativos;
- Política externa vaga;
- Educação;
- Criação do Minc e regulação dos serviços de streaming;
- Plebiscitos e fim de reeleição;
Lula
- Fim do teto de gastos;
- Revogação da reforma trabalhista;
- Fortalecimento das estatais, sem privatizações;
- Fortalecimento dos bancos públicos;
- Reforma tributária;
- Combate à inflação;
- Criação de oportunidades de trabalho e emprego;
- Salário mínimo;
- Novo modelo previdenciário;
- Renovação e ampliação do Bolsa Família;
- Estabilidade político-econômica e institucional;
- Plano nacional de desenvolvimento;
- Renegociação de dívidas dos brasileiros;
- Reindustrialização com foco em economia digital e verde;
- Agropecuária e alimentação;
- Infraestrutura.