O alto preço dos alimentos tem prejudicado, principalmente, os mais pobres. O governo reduziu as alíquotas de ICMS sobre combustíveis e energia a fim de diminuir os valores. Mesmo assim, os brasileiros ainda enfrentam dificuldade em comprar comida.
O preço dos alimentos é um dos maiores problemas enfrentados pelos brasileiros nos últimos meses. Esse cenário é resultado da alta na inflação que afeta o país, principalmente, após a pandemia.
De acordo com o IBGE o Brasil teve uma deflação de 0,68%. Essa é a menor taxa registrada no IPCA. A queda atingiu o setor de transporte e habitação, sendo -4,51% e -1,05%, respectivamente. Esse cenário foi devido aos recentes cortes nas alíquotas de ICMS sobre combustíveis e energia.
Os combustíveis recuaram 14,15%, a gasolina caiu 15,48% e o etanol 11,38%. Os outros sete grupos dos nove pesquisados tiveram alta no mês de julho. A maior alta foi registrada no setor de alimentação e bebidas, sendo de 1,30%.
A projeção era de 0,65%, já em junho subiu para 0,67%. No acumulado do ano a alta ficou em 10,07% até o mês de julho. Até o mês de junho, o acumulado era de 11,89%. Assim, mesmo com uma queda, o IPCA continua em dois dígitos, desde setembro do ano passado.
Assim, há 11 meses o índice continua acima de 10%. A última vez que aconteceu uma sequência tão longa foi entre novembro de 2002 a novembro de 2003. Para o mês de agosto as projeções são de uma deflação entre 0,1% e 0,2%. A expectativa é que a redução no preço do diesel ajude a conter a inflação.
Analistas acreditam que com os cortes de impostos a inflação será reduzida. Assim, a estimativa para 2022 é um recuo para 7,11%. Porém, é possível que ocorra um efeito colateral e a estimativa para 2023 é uma alta para 5,36%.
Projeções para o preço dos alimentos
De janeiro a julho deste ano, o IPCA aumentou em 4,77%, registrando alta de 10,07%, no acumulado em 12 meses. A estimativa para o mês de agosto é que os alimentos tenham uma alta de 0,8%.
Mesmo com um recuo na inflação de 2022, as previsões para o próximo ano é que haja uma alta para 5%. Esse índice será elevado devido às pressões nos preços livres, com destaque para serviços e bens industriais.