Índices de INFLAÇÃO e DÍVIDAS devem crescer ainda mais em 2023; veja a previsão

Publicado nessa terça-feira (13), o Relatório de Acompanhamento Fiscal (REF) trouxe informações importantes sobre a economia do país. De acordo com os dados levantados pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, a projeção é de que a inflação em 2023 fique em 4,8%.

Índices de INFLAÇÃO e DÍVIDAS devem crescer ainda mais em 2023; veja a previsão
Índices de INFLAÇÃO e DÍVIDAS devem crescer ainda mais em 2023; veja a previsão (Imagem: Montagem/FDR)

O IFI também fez uma previsão de aumento da dívida pública. As expectativas de alta na inflação, principalmente, têm relação com a recomposição das alíquotas dos impostos federais que são aplicados sobre os combustíveis. Isso porque, neste ano estes valores foram zerados, mas voltarão a ser cobrados em 2023.

Para este ano, no entanto, a inflação deve cair de 8,6% para 7,4%. E o motivo é o mesmo, a redução dos tributos federais e do ICMS que é um tributo estadual, cobrado em relação aos combustíveis.

A meta para esse ano era de 3,5% com tolerância para um crescimento de até 1,5 ponto percentual. Ou seja, ainda fica acima do que era esperado. O mesmo acontece em 2023, caso a inflação fique em 4,8% vai superar o teto de 4,75% inicialmente previsto.

Quanto a dívida pública, a IFI acredita no crescimento da mesma devido a alta de juros da taxa Selic e dos juros reais. Em relação ao PIB, a projeção passou para 79,4% para este ano.

Ações do governo impactam nas contas públicas

Nesta semana foi aprovado o orçamento de 2023, baseado no texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). No entanto, é possível perceber diferenças bem grandes entre as projeções do IFI e da LDO. 

Isso porque, enquanto a Lei de Diretrizes prevê um déficit de R$ 65,9 bilhões em 2023, a IFI projeta superávit de R$ 1,4 bilhão.

Para a IFI os impactos negativos no resultado primário de 2022 chegará a R$ 166 bilhões, tudo por conta das recentes mudanças aprovadas pelo governo. Por exemplo, a alteração no teto de gastos no último ano e a diminuição de impostos cobrados sobre os combustíveis.

Também foi mencionada a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 1/2022, que prevê gastos de R$ 41,2 bilhões nas contas públicas para aprovar o investimento em benefícios sociais neste ano.

Embora as medidas valham até este ano, as dívidas públicas podem permanecer até o próximo ano.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com