Na última sexta-feira, 11, a Petrobras reajustou o preço dos combustíveis. Desde então, a gasolina teve uma alta na margem de 18%. O novo percentual tem resultado em cobranças que ultrapassam os R$ 10 por litro. É o caso de dois estados brasileiros, como o Acre e Pernambuco, especialmente em Fernando de Noronha (PE).
A ilha de Fernando de Noronha já é popularmente conhecida por ser um dos lugares mais caros de todo o Brasil, além do difícil acesso, o que pode justificar o preço da gasolina se sobrepor em relação às demais localidades do país.
Até o momento, a maior parte dos postos de combustível tem cobrado preços entre R$ 7 e R$ 8 o litro e, apesar de aos olhos de algumas pessoas essa diferença aproximada de R$ 3 não ser tão expressiva, no bolso e no tanque do carro, ela é expressivamente notada.
No acumulado dos últimos três anos, a gasolina teve uma alta de 116%, percentual este que cresceu ainda mais nas últimas semanas devido à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Mas para quem ainda não entendeu a relação da guerra com o aumento no preço da gasolina no Brasil, é preciso esclarecer que a Rússia é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, levando o insumo para países como o Brasil.
Desde que o conflito entre os países teve início, o barril de petróleo tipo Brent, já chegou a custar mais de US$ 120. Mas voltando aos preços praticados em território brasileiro, é importante evidenciar também a situação do Acre, que também é um estado mais afastado, nas extremidades do país e de difícil acesso.
Logo, em cidades no interior do Acre é possível encontrar postos de combustível que vendem gasolina a, aproximadamente, R$ 10 o litro. Vale mencionar que este combustível sempre foi mais caro por aquelas redondezas, sendo que no final de 2021, por exemplo, já era cobrada a quantia de R$ 9,50 o litro. Hoje, o litro varia entre R$ 10,55 e R$ 11,56.
No município de Jordão, a 636 km da capital Rio Branco, o aumento também chegou ao preço de R$ 11,56 o litro. Além disso, a cidade do interior também sofre com a falta do combustível, que ainda não tem previsão de chegada.
Este último reajuste nos preços dos combustíveis por parte da Petrobras é o maior desde janeiro de 2021, e o segundo apenas em 2022. O primeiro reajuste do ano aconteceu no dia 12 de janeiro, quando a gasolina teve uma alta de 4,9% e o diesel de 8,1%.
Segundo um levantamento feito pelo Observatório Social da Petrobras (OSP), uma organização vinculada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), desde janeiro de 2021, o maior aumento nos combustíveis ocorreu em 19 de fevereiro. Na época, a gasolina chegou a ficar 10,2% mais cara, enquanto o diesel passou para 15,2%. Considerando aquela alta até hoje, a Petrobras já anunciou 13 aumentos na gasolina e 11 no diesel.