Bolsonaro usa projeto social como tentativa para garantir reeleição. Diante das últimas ampliações pelo Auxílio Brasil, analistas políticos afirmam que o atual chefe de estado está reforçando seu diálogo com a população vulnerável como forma de manutenção de seu poder. Candidato as eleições de 2022, ele deve enfrentar o petista Lula. Entenda.
A agenda social de Bolsonaro tem sido cada vez mais movimentada por sua equipe. Nos últimos meses, o presidente vez lançando propostas de concessão de renda para os mais pobres, ainda que esse tipo de política pública não seja uma característica de seu governo.
Para os analistas políticos, a tática faz parte de uma estratégia para garantir a renovação de seu mandado nas eleições de 2022. Bolsonaro deverá concorrer com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido por sua atuação com foco nos mais pobres.
Impopularidade em alta
É válido ressaltar que nas eleições de 2018, Bolsonaro foi eleito pelos brasileiros de classe médica alta. Parte significativa de seu eleitorado foi composto por esse grupo, motivado pelas promessas de investimento e progressão econômica.
Nos primeiros anos de sua gestão, Bolsonaro mostrou-se contrário ao funcionamento do Bolsa Família e demais projetos sociais, afirmando que seriam esmolas que garante a permanência desse grupo em uma situação de vulnerabilidade social.
Para ele, as políticas públicas sociais era uma grande barreira no desenvolvimento econômico do país. No entanto, nos últimos meses, após fracassar na aprovação das reformas sugeridas para a classe médica, sua impopularidade passou a aumentar.
Atualmente, Bolsonaro tem sido criticado pelo encarecimento de uma série de serviços e produtos que até o governo Lula tinham um valor mais acessível. Gasolina, botijão de gás, alimentação e até mesmo a conta de luz estão com alta constante, devido aos desdobramentos da inflação.
Ciente de que não ganhará a aceitação de parte dos seus eleitores de 2018, passou a praticar a política de esmolas criticadas por ele, para os mais pobres. Trata-se de uma maneira de comprar esse eleitorado, sob falsas promessas de acessão social.
Atualmente o Auxílio Brasil, que funciona com o mesmo modelo do Bolsa Família, tem um valor de R$ 400 por família.