ONU está preocupada com endividamento do Brasil; saiba mais

A pandemia da Covid-19 foi o ultimato para a economia do Brasil que já não andava nas nuvens. Embora não seja uma particularidade do Brasil, o endividamento do país se tornou um agravante que chamou até a atenção da ONU.

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), uma parte institucional da ONU, sete em cada dez lares brasileiros estão endividados desde abril de 2020 até a atualidade.

O cenário de endividamento é demonstrado detalhadamente por meio deste relatório que apontou que 43,2% dos núcleos familiares provavelmente não conseguiram honrar todos os compromissos financeiros.

É importante ter em mente que o orçamento das famílias brasileiras é considerado como um dos principais motores do Produto Interno Bruto (PIB). Por esta razão a economia do Brasil poderá presenciar uma série de desafios econômicos e sociais, tendo em vista que várias dessas pessoas terão dificuldades para se inserir ou permanecer no mercado de consumo.

O estudo da PNUD sobre o endividamento ainda associa a atuação do poder público quanto à viabilização de alternativas de pagamento para que a dívida possa ser negociada e o débito quitado. Desta forma, entre as várias soluções a ONU menciona a alta no orçamento familiar como uma única saída.

Outro fator vinculado ao endividamento da pandemia consiste na regulamentação do programa de educação financeira no âmbito nacional para toda população. De acordo com o representante adjunto do PNUD, Carlos Arboleda, “Pensar na realocação do cidadão no mercado de consumo beneficia não somente o desenvolvimento do país, mas também o desenvolvimento humano – em dimensões que ultrapassam impactos econômicos”.

Pode-se dizer que a preocupação quanto ao endividamento está relacionada ao débito do Brasil com a ONU na margem de US$ 293 milhões. A dívida veio à tona justo no momento em que o país assumiu uma cadeira não permanente no Conselho de Segurança, o que causou um certo constrangimento ao Governo Federal.

Em agosto do ano passado o Poder360 informou que o endividamento brasileiro já havia chegado a US$ 361,8 milhões. O débito do Brasil perante os órgãos internacionais é recorrente há décadas.

Além do mais, a dívida também está associada ao aporte do orçamento regular da ONU, bem como ao custeio de operações de paz e estabilização. A maior parcela da dívida, 72%, equivale ao atraso desde o pagamento das missões em 2018.