Ultimamente, os Estados Unidos da América (EUA) sofrem com a escassez da mão de obra enquanto a necessidade por contratação cresce junto aos salários. Este cenário pode ser bastante prejudicial à economia do país no pós-pandemia.
Segundo informações da secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA, a expectativa é para que o mercado de trabalho norte-americano seja contemplado com um incremento na mão de obra através da chegada de 6,5 milhões de novos trabalhadores até 2030. Na última década, este número chegava a 10 milhões.
Os números são um reflexo do baixo crescimento populacional por meio da queda de natalidade contra o aumento da mortalidade decorrente da pandemia da Covid-19. Outro fator que influencia na escassez da mão de obra é a redução significativa de imigrantes nos EUA.
Este cenário sugere que as empresas norte-americanas estão com dificuldades de contratar novos trabalhadores, mesmo durante o período de crescimento econômico previsto para os próximos anos. No final do ano de 2019, foi registrada uma queda drástica no índice de desemprego, em 3,5%.
O percentual é um indicativo do início da escassez de mão de obra nos EUA. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Fed e divulgada ainda naquele ano, foi feito o relato de que a falta de trabalhadores abrangeu a maior parte dos setores e níveis de qualificação.
Em 2021, a agência de empregos de Reggie Kaji, recebeu um pedido estranho, referente à contratação de 200 trabalhadores migrantes. A oferta mencionava a necessidade de esses trabalhadores estarem prontos para pegar um ônibus partindo do Texas rumo a Detroit.
Lá, eles seriam alojados em hotéis enquanto prestariam serviços para uma fábrica que atua na produção de portas de carro para três grandes montadoras da região. Estranhando o pedido, Kaji disse nunca ter visto nada do tipo, e que ainda precisou explicar ao cliente que não era fácil encontrar mão de obra qualificada para trabalhar com este tipo de maquinário.
Em complemento ele disse que, “um empregado de baixa renda, com pouca escolaridade, pode conseguir rapidamente um emprego”. O fator menos compreendido em meio a este cenário é que, em diversos setores, a escassez da mão de obra deve permanecer por muitos anos ou décadas, mesmo após o desaparecimento da Covid-19.