Cidades em que é mais caro comprar lista de alimentos da cesta básica

Na última semana, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou a pesquisa sobre o valor da cesta básica do mês de setembro. Segundo a pesquisa, a cesta aumentou em 11 das 17 capitais.

A cesta básica é composta por 13 itens considerados essenciais para o desenvolvimento físico de uma pessoa adulta: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, legumes (tomate), pão francês, café em pó, frutas (banana), açúcar, banha/óleo e manteiga.

De acordo com a pesquisa do Dieese 11 capitais apresentaram aumento, sendo as maiores em Brasília (3,88%), Campo Grande (3,53%) e em São Paulo (3,53%). A capital paulista é a cidade que tem a cesta básica mais cara do país, custando R$ 673,45.

Em segundo lugar ficou Porto Alegre com R$ 672,39, seguido por Florianópolis, R$ 662,85. A pesquisa mostrou que as cestas mais baratas estão na Região Nordeste: Aracaju (R$ 454,03), João Pessoa (R$ 476,63) e Salvador (R$ 478,86).

João Pessoa foi a capital que teve a maior queda, de 2,91%. Porém, foi Natal que obteve o maior índice de redução no preço da cesta básica com 2,9%, ficando por R$ 493,29. Veja abaixo os valores em todas as capitais analisadas:

  • São Paulo: 673,45;
  • Porto Alegre: 672,39;
  • Florianópolis: 662,85;
  • Rio de Janeiro: 643,06;
  • Vitória: 633,03:
  • Campo Grande: 630,83;
  • Brasília: 617,65;
  • Curitiba: 610,85;
  • Belo Horizonte: 582,61:
  • Goiânia: 574,08:
  • Fortaleza: 552,09:
  • Belém: 532,56:
  • Natal: 493,29:
  • Recife: 489,4;
  • Salvador: 478,86;
  • João Pessoa: 476,63;
  • Aracaju: 454,03.

De acordo com o Diesse, todos os itens da cesta básica sofreram aumento de agosto para setembro. Porém, o produto que mais afetou o preço foi o açúcar devido à falta de chuvas e a queda na produção de cana-de-açúcar.

As maiores altas do açúcar foram em Belo Horizonte (11,96%), Vitória (11%), Brasília (9,58%) e Goiânia (9,15%). Em segundo lugar está o café que subiu em 16 das 17 cidades pesquisadas. As maiores elevações foram em Goiânia (15,69%), Campo Grande (14,79%), Brasília (10,03%) e Natal (9%).

Esse produto tem aumentado devido à alta do dólar, favorecendo as exportações e reduzindo a oferta dentro do país, e o clima de geada ocorrida no mês de julho.  Com pouco produto e com a demanda alta, o preço só faz subir.

O terceiro item mais caro na cesta básica foi o óleo de soja que teve alta em 15 capitais, sendo o maior aumento registrado em Campo Grande (3,4%). A causa é o crescimento das exportações, especialmente para a China, e as dificuldades de escoamento da produção dos Estados Unidos.

Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.