Nas últimas semanas, o governo federal vem trabalhando na consolidação do novo Bolsa Família. Com a possibilidade da troca do nome por Auxílio Brasil, o projeto irá gerar um custo de mais de R$ 40 bilhões para a União, gerando tensão entre os ministérios públicos.
Há meses o chefe da pasta econômica, Paulo Guedes, vem avaliando possibilidades de ampliar o orçamento da União e assim financiar o Auxílio Brasil.
O programa funcionará como uma extensão do Bolsa Família, que terá a mensalidade mínima reajustada para R$ 300 e cerca de 17 milhões de beneficiários.
Pressão em Guedes recusa aumento da carga tributária
Como alternativa para poder financiar o novo projeto, Guedes sugeriu que o país passasse por uma reforma tributária. Para isso, seriam criados novos impostos e haveria ainda o encerramento de uma série de isenções, desde os gastos referentes a saúde e educação, passando até pelo vale alimentação.
Diante dos informes liberados por Guedes e sua equipe, demais parlamentares passaram a não aprovar a medida. De acordo com fontes internas, será preciso cortar gastos em determinados setores, o que vem gerando uma briga entre os ministros da própria equipe de Bolsonaro.
Cobrança por resultados
Muitos deputados e senadores afirmam que as propostas de Guedes não passam de promessas, mas até o momento não há implementação que gere um retorno econômico efetivo e imediato.
Há políticos que questionam a atuação do ministro, afirmando que o país permanece enfrentando dificuldades na geração de empregos e a população não consegue por comida na mesa.
Diante de tais questionamentos, o chefe econômico do governo passa a ser pressionado para melhorar o desempenho econômico do país, caso contrário seu poder será reduzido. Na linha de frente das cobranças está o Centrão, que vem solicitando a recriação dos ministérios.
Até o momento o presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre o assunto. Por enquanto, não há previsão para a implementação do novo sistema tributário, o governo avalia a extensão do auxílio emergencial e afirma que o novo Bolsa Família funcionará a partir de novembro. Porém, para tudo isso é preciso ainda definir o orçamento da União.