Consegui emprego, mas sem registro, vou perder o auxílio emergencial?

Segurados do auxílio emergencial podem manter seus empregos. No último mês, o governo federal estendeu a concessão do projeto. No entanto, há fiscalizações mensais para avaliar se o cidadão permanecerá na folha orçamentária. Quem está atuando de forma independente, sem vínculo, deve ficar atento.

Consegui emprego, mas sem registro, vou perder o auxílio emergencial? (Imagem: Reprodução/ Diário do Nordeste)
Consegui emprego, mas sem registro, vou perder o auxílio emergencial? (Imagem: Reprodução/ Diário do Nordeste)

A liberação do auxílio emergencial vem sendo realizada há meses. Com a aprovação da extensão, muitos brasileiros estão com dúvidas se poderão trabalhar de forma independente e ainda assim ser um contemplado.

Arrumei um emprego informal, permaneço como beneficiário?

Quanto a essa questão, é preciso observar as regras de concessão do projeto. Se o beneficiário arrumou um emprego informal onde ele não tem nenhuma declaração de vínculo e renda, poderá permanecer na folha do auxílio, porém é preciso não ultrapassar o teto financeiro mensal de R$ 500.

Pelas regras do projeto, cada pessoa da família deve ter uma renda de até meio salário mínimo. Isso significa que se o emprego sem vínculo conceder um pagamento em seu nome acima dessa quantia, você não tem mais o direito de receber o auxílio.

Porém, caso o pagamento seja, por exemplo, de R$ 300 mensais e não lhe obrigue a declarar nota fiscal ou assinar a carteira, você ainda tem o direito de ser contemplado.

Regras que garantem o pagamento do auxílio emergencial 2021:

  • A renda por pessoa da família não pode passar de até meio salário mínimo (R$ 550)
  • A renda total do grupo familiar deve ser de até três salários mínimos (R$ 3.300)
  • Só será permitida o pagamento de uma cota por família
  • Ter mais de 18 anos
  • Não ter emprego formal
  • Não ter tido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019 ou rendimentos isentos acima de R$ 40 mil naquele ano
  • Não ser dono de bens de valor superior a R$ 300 mil no fim de 2019
  • Estão excluídos os residentes médicos, multiprofissionais, beneficiários de bolsas de estudo, estagiários e similares
  • Ficam de fora também as pessoas que receberam qualquer tipo de benefício previdenciário, assistencial ou trabalhista ou de transferência de renda do governo em 2020, com exceção do Bolsa Família e abono salarial.

O que me faz perder o auxílio?

O desligamento do projeto ocorre quando o sujeito não cumpre as exigências acima ou então quando há desatualização em suas informações cadastradas no Caixa Tem e no CadÚnico. Qualquer mudança de endereço, meio de contato, etc, deve ser sinalizada para que o governo não o desligue.

Por fim, é válido ressaltar que aqueles que recebem o auxílio emergencial não podem ser beneficiários de demais projetos sociais do governo, exceto o Bolsa Família e o abono salarial.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.