A meta da taxa Selic teve uma alta para 4,25% definida na última terça-feira, 16 de junho de 2021. Esse é o terceiro aumento seguido feito pelo Banco Central, que começou a elevar a taxa básica de juros em março deste ano.
Essa decisão foi anunciada na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que é realizada a cada 45 dias e decide se a meta da taxa vai subir, cair ou permanecer igual.
No comunicado, o Copom destacou que os riscos para a recuperação econômica brasileira reduziram, mas a inflação continua preocupando.
“A persistência da pressão inflacionária revela-se maior que o esperado, sobretudo entre os bens industriais”, afirmou no comunicado.
Além disso, o Banco Central comentou sobre a crise hídrica atual que o país está passando e que deve causar um aumento significativo nas contas de luz para todos os brasileiros.
“As implicações da deterioração do cenário hídrico sobre as tarifas de energia elétrica contribuem para manter a inflação elevada no curto prazo”, informou o banco.
Como as mudanças na taxa Selic impactam você?
A Selic, é a taxa básica de juros, assim as mudanças dela impactam diversas outras taxas no mercado como os juros dos empréstimos, dos parcelamentos, rendimentos da poupança, entre outros.
Assim, quando a Selic aumenta, os juros tendem a sofrer aumento também e impactam em duas frentes.
A primeira frente é a de crédito, quando a Selic sobe, os juros de empréstimos, financiamentos, parcelamentos, tudo isso tende a subir também. Assim, o crédito fica mais caro e menos acessível às pessoas.
Já a segunda frente é de investimentos, a Selic e outras taxas ligadas a ela (como o CDI) são usadas como parâmetro para os rendimentos de vários investimentos de baixo risco, como a poupança e aplicações em renda fixa. Quando ela sobe, esses rendimentos também crescem.
Com isso, o aumento da Selic faz com que tomar crédito fique mais caro. Mas também faz com que o dinheiro que você mantém guardado ou investido em aplicações de baixo risco se valorize mais e com isso te gere mais renda.