- Rotativo é principal motivo de dívidas com cartão
- Parcelamento com juros pode ser uma boa alternativa
- Planejamento financeiro e negociação são estratégias para fugir das dívidas
As duas modalidades não devem ser utilizadas com frequência, pois, acabam aumentando os valores pagos. Escolher entre o rotativo do cartão ou parcelas fatura com juros deve ser uma decisão bem pensada. Veja a diferença entre essas modalidades.
O endividamento por causa do uso do cartão de crédito caiu 0,24 pontos percentuais em agosto desse ano, aponta o Mapa da Inadimplência da Serasa. Mas, esse meio de pagamento ainda representa um dos principais motivos de endividamento e escolher entre o rotativo ou parcelar a fatura com juros pode aliviar o bolso dos brasileiros.
Só o rotativo representa 49,3% do percentual total de inadimplência no país, o que resulta em dívidas acumuladas de R$ 76 bilhões.
Lembrando sempre que esses são métodos emergenciais de pagamento da fatura, ou seja, não devem ser utilizados constantemente.
Rotativo do cartão ou parcelar fatura com juros, qual a melhor opção?
Antes de tudo é importante lembrar que o cartão de crédito tem os juros mais altos do país, sendo até mesmo alvo de um projeto de lei que deve limitar a cobrança.
Para definir qual a melhor opção para você, é necessário conhecer um pouco melhor cada uma delas.
Rotativo do cartão de crédito
Essa modalidade é ativada toda vez que um consumidor não paga o valor total da dívida, e o custo dela é bastante alto, 445,7% de juros ao ano.
Ele é responsável por boa parte das dívidas do brasileiro porque parece atrativo, pagar o mínimo apenas e depois o restante da dívida.
Ai que está o problema, no mês seguinte o consumidor precisa parar o restante da fatura, as compras parceladas e os juros.
É nesse ponto onde a dívida cresce e o brasileiro acaba não sabendo como pagá-la, não é atoa que os juros rotativos representam um percentual tão alto de dívida.
Parcelamento da fatura com juros
É comum que os brasileiros ouçam esse termo “parcelamento com juros” e acabem não escolhendo essa opção. Mas, ela é bem mais interessante do que o rotativo.
Para se ter uma ideia, em agosto desse ano a taxa média de juros dessa modalidade foi de194,5%, bem abaixo dos mais de 400% do rotativo. A inadimplência também foi menor, apenas 10,5%.
Nessa modalidade é necessário fazer a negociação da dívida diretamente com o banco, no rotativo o consumidor ‘cai’ sem se dar conta.
Como diminuir as dívidas com o cartão de crédito?
Para sair do aperto e evitar o acúmulo das dívidas é necessário ficar de olho em alguns pontos; elencamos abaixo quais são eles:
Calcule a dívida
Isso vale principalmente para quem usa mais de um cartão de crédito.
Some os valores, incluindo até aqueles que não estão em atraso, ainda.
Concentre suas dívidas
Tem mais de um cartão de crédito? O ideal é escolher o que seja mais interessante e concentre suas dívidas nele.
Tenha um planejamento financeiro
Uma planilha de gastos pode ajudar nessa etapa, nela é possível anotar o salário e todos os gastos mensais. É interessante até mesmo colocar aqueles ‘gastos surpresas’, como um conserto no carro que foi pago parcelado no cartão.
Negocie
Com os juros do rotativo tão altos, a negociação é a melhor estratégia para não sair em uma bolsa de neve que só aumenta as dívidas.
Corte gastos
Se a ideia é organizar a vida financeira, talvez seja necessário apertar os cintos e evitar alguns gastos que não são essenciais. Por exemplo: uma assinatura de streaming.
Sem novos gastos no cartão
Até que a dívida seja totalmente paga, é interessante evitar de utilizar o cartão de crédito.
Antecipação de parcelas
Em alguns meses os brasileiros têm um dinheiro a mais na conta, seja por causa do abono salarial ou pela restituição do Imposto de Renda, por exemplo. Esses valores podem ser utilizados para o pagamento antecipado das parcelas.
Agora que você conhece as diferenças, fica mais fácil escolher qual das duas modalidades vai escolher para fazer o pagamento da sua próxima fatura.