O Instagram é uma das redes sociais mais usadas atualmente e atrai a atenção de todos, inclusive de golpistas. Desta vez é preciso ficar atento a perfis que estão vendendo notas de dinheiro falsas.
Bandidos estão criando e utilizando contas na rede social para vender abertamente notas de dinheiro falsas. Nas publicações é possível perceber que as notas s imitam as originais e podem até mesmo passar no teste contra a luz, exibindo marca d’água e faixa de segurança.
Notas de dinheiro falsas são vendidas no Instagram
Foram identificados pelo Lupa, do UOL, perfis que existem desde 2020 e que vendem notas falsas. Um dos benefícios destacados por eles é a entrega para todo o país e os perfis tem quantidade variada de seguidores.
Um dos perfis mais seguidos, além das notas falsas, oferece ainda o curso “Alunos do crime”. O conteúdo do curso ensina a invadir computadores e produzir notas falsas, fala sobre cartões clonados, fora lições sobre a criação de documentos falsos, como RG e CNH, através de programa de edição de imagem.
Um das postagens que falava sobre o curso dizia: “Se torne um 7 profissional”. O número 7 faz referência a gíria usada para o número 171, que no Código Penal consiste no crime de estelionato: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”.
Uma das técnicas ensinadas é a de como fazer o “efeito envelhecido nas notas falsas”. A técnica acaba enganando as pessoas que acreditam que a aparência da célula está estranha pois já foi muito usada.
Preço das notas falsas
Apesar de existir vários perfis, os preços anunciados por eles são parecidos. O interessado pode comprar 1.000 em notas falsas com preços partindo de R$230.
No perfil citado acima, as notas são oferecidas com até dois tipos de papel diferentes, o comum e o fibrado. O papel fibrado, segundo os criminosos, possuem marca d’água e fita de segurança.
“Importante destacar que, até mesmo o indivíduo de boa-fé, que recebe a nota falsa como se fosse verdadeira, mas ao perceber a moeda como falsa, recoloca em circulação para evitar o prejuízo, também comete crime”, disse ao Lupa a Comissão de Direito e Processo Penal da OAB-SP da Vila Prudente.