Nubank faz novas demissões e uma cláusula em particular chama a atenção de todos

Na última semana, o Nubank promoveu uma nova série de demissões em diversos setores do banco. No entanto, o que mais chamou a atenção nesta situação foi uma cláusula que o banco propôs para os funcionários demitidos. 

Segundo relatos dos funcionários demitidos, o Nubank criou uma cláusula de “não-difamação”. Os ex-funcionários que concordarem com essa cláusula ficam proibidos de criticar publicamente o banco em troca de um salário adicional e três meses a mais de plano de saúde.

Esta cláusula foi criada em meio a uma onda de reclamações que passaram a ser publicadas na rede social LinkedIn por ex-funcionários de fintechs e startups no geral. Os profissionais começaram a relatar as condições de trabalho para dizer que estão em busca de novas oportunidades e também para se queixar, como por exemplo do não pagamento integral de bônus aos quais eles acreditavam ter direito.

Esta nova onda de demissões é a terceira que acontece somente nos últimos meses. Em dezembro do ano passado, algumas poucas dezenas de empregados foram demitidos. Já em janeiro deste ano, a fintech demitiu mais 40 empregados e encerrou sua área de assessoria de investimentos.

O que diz o Nubank?

Procurado pelo FDR, o posicionamento do banco digital foi o seguinte:

“O Nubank, como todas as empresas, avalia constantemente sua estrutura e realiza contratações, desligamentos e transferências internas de acordo com as demandas do negócio, performance, necessidade de equipe, entre outros motivos. O Nubank segue contratando, no ritmo adequado para seus planos de negócios em 2023. Em respeito ao sigilo e proteção de dados dos seus funcionários, a empresa não comenta publicamente casos específicos, mas reitera que segue à risca a legislação trabalhista. As obrigações de confidencialidade e de não-difamação são recíprocas e praticadas por diversas empresas do setor. Elas constam nos nossos contratos de trabalho desde o momento de admissão, e são reiteradas nos acordos de desligamento”.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.