Tradicional empresa brasileira vê ações desabarem 18% por conta deste motivo

Uma das empresas mais conhecida pelos brasileiros viu suas ações desabarem nesta terça, 14, após divulgar os seus resultados do quarto trimestre do ano passado. Saiba de qual empresa estamos falando e o que vem acontecendo.

Na sessão de ontem, as ações da Natura & Co chegaram ao fim da sessão com uma queda de 17,49%, sendo negociada a R$12,22. 

No quarto trimestre de 2022, a empresa obteve um prejuízo líquido de R$ 890,4 milhões, revertendo assim, o lucro líquido de R$ 695,5 milhões detectado no último trimestre do ano anterior.

A XP ressaltou, fora o balanço, que não houve comunicado a respeito da venda da Aesop, algo que também pode ter frustrado o mercado.

Na teleconferência para falar sobre os resultados, os executivos da Natura citaram a questão da Aesop e disseram que não podem dar mais informações fora tudo que já foi comunicado em fatos relevantes. “Conforme mencionado, em comunicado ao mercado publicado em novembro, a Natura continua avaliando alternativas estratégicas para a Aesop. Manteremos o mercado atualizado assim que tivermos algo concreto para comunicar”, afirmou Guilherme Castellan, diretor financeiro (CFO) da Natura, segundo o InfoMoney.

Sobre os resultados do quarto trimestre obtidos pela Natura, os executivos afirmaram que eles foram impactados especialmente pelo lucro mais baixo antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) que sofreu com R$ 383 milhões de “impairment não caixa” (queda de valores contábeis de ativos). O resultado foi prejudicado ainda por despesas financeiras líquidas  mais altas e perdas de operações descontinuadas.

O Ebitda ajustado foi de R$ 1,095 bilhão, com uma margem de 10,5%. O resultado foi 29% mais baixo do que o registrado no mesmo período de 2021 e passou por queda de 2,8 pontos percentuais na margem.

No quarto trimestre do último ano, a Natura, de acordo com a Eleven Financial, novamente teve um fraco desempenho, sofrendo com os reflexos do cenário macroeconômico mais complicado, com queda de receita e pressão nas margens, com todas as marcas exibindo uma dinâmica enfraquecida. Diante do destaque positivo, por conta da maior geração de caixa e melhora do capital de giro, a dívida líquida caiu em R$ 1,4 bilhão.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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