Compartilhamento de conta da Netflix pode estar com os dias contados

Os esforços da Netflix para evitar o compartilhamento de senhas pode chegar a uma resolução em março deste ano. A maior plataforma de streaming de vídeo do mundo vem testando várias soluções para impedir que os clientes compartilhem suas senhas, prática que vem se refletindo nos lucros a longo prazo.

De acordo com um relatório da Netflix, foram aplicados testes na América Latina como forma de reduzir o compartilhamento de senhas. Ao que tudo indica, esta será a maneira aplicada em todos os países do mundo no decorrer deste ano.

A empresa sabe que o compartilhamento de senhas pelos usuários acontece desde que o serviço chegou ao mercado. No entendimento da Netflix, a cobrança de uma taxa adicional para o compartilhamento das senhas vai ajudar na receita a longo prazo.

De acordo com um relatório da plataforma de streaming, esta ação para evitar que senhas sejam compartilhadas será aplicada até o fim do primeiro trimestre deste ano. A partir disso, os usuários terão que pagar uma taxa adicional se quiserem compartilhar sua senha com alguém de fora de sua residência.

A empresa explicou que o titular da conta vai ser notificado e receberá um código de verificação sempre que alguém de fora de sua casa entrar na conta. Isto não irá bloquear o acesso ao conteúdo, mas sempre que tentar acessar a conta desta forma, o titular será notificado e receberá a opção de “pagar mais se quiserem compartilhar a Netflix com pessoas com quem não moram”.

A plataforma sabe que esta solução não será bem recebida pelos clientes, mas olhando para o longo prazo, a Netflix acredita que isto ajudará nos lucros. Ainda não foram revelados quando a solução será aplicada nem valores que serão cobrados dos titulares das contas.

Plataformas de streaming direcionados para o entretenimento ainda tentam se provar financeiramente. Como negócio único, as empresas podem enfrentar problemas para se estabelecer no longo prazo. Isso fica mais evidente ao passo que plataformas como Netflix, Hulu, Disney entre outras padecem com a rotatividade de clientes, quando os mesmos cancelam suas assinaturas ao terminar de ver o conteúdo que o interessa.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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