O futuro da atual senadora Simone Tebet no governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) ainda está incerto. No início ela foi cogitada para o Ministério da Cidadania, depois para o Meio Ambiente, e agora deve aceitar o Ministério do Planejamento. Mas, fontes ligadas ao governo mostram que o sim da senadora somente virá se a Pasta trouxer junto os bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil.
Simone Tebet estava na disputa para presidente da República nas eleições de 2022. A senadora passou a ganhar forças durante a campanha, e ficou em terceiro lugar no primeiro turno, ultrapassando inclusive Ciro Gomes que era cotado como uma terceira via. No segundo turno, Tebet declarou apoio a Lula e passou a fazer parte dos compromissos de campanha do petista.
Durante seu discurso de posse, quando venceu Jair Bolsonaro (PL), Lula agradeceu pessoalmente o apoio de Simone. Em outros momentos, como em entrevista ao Fantástico (Globo), sua esposa e futura primeira dama do Brasil, Janja Silva, também reconheceu a ajuda da senadora e teceu elogios a colega.
A missão, desde então, foi encontrar um lugar para acomodar Simone Tebet no governo Lula. As negociações em torno disso estão sendo feitas entre Alexandre Padilha, futuro ministro das Relações Institucionais, e Baleia Rossi, presidente do MBD.
Condições para Simone Tebet aceitar o convite
Segundo informações repassadas por aliados de Simone Tebet, além de solicitar que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil venham para o Ministério do Planejamento, também foi pedido que o Plano de Parceira Público Privada (PPI) venha para a Pasta. O desenho já divulgado sobre o próximo governo é de que essa área deva ficar na Casa Civil, sob comando de Rui Costa.
Haviam suspeitas de que Simone fosse convidada para o Ministério de Cidades, mas não foi possível se quer fazer esse convite por conta da vaga ser pleiteada pelo MDB da Câmara. A senadora foi chamada para o Ministério do Turismo, mas não aceitou o convite.
Diante disso, as especulações são de que ela deva ficar no Planejamento, negociando os critérios para aceite do convite. Isso porque, hoje Banco do Brasil e Caixa estão sob o guarda-chuva do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad.