Alguns beneficiários do Auxílio Brasil foram surpreendidos na última semana ao serem notificados com o valor a ser creditado em suas poupanças sociais digitais neste mês de novembro.
Isso se deve ao fato que mesmo sem terem efetuado a contratação do empréstimo consignado do Auxílio Brasil, que vem sendo oferecido pelo governo federal desde outubro, viram parcelas relacionadas à operação serem descontadas através do Caixa Tem.
Vale lembrar que para quem contratou o empréstimo no mês de novembro, a primeira parcela referente ao pagamento do crédito só será paga em dezembro, quando for feito o pagamento mensal do valor de R$ 600.
Auxílio Brasil: O que fazer se a cobrança for indevida?
Segundo a Caixa Econômica Federal, banco operador do pagamento do benefício, caso o segurado receba o desconto, sem solicitar o empréstimo consignado, é necessário entrar em contato com o Ministério da Cidadania através de sua central telefônica, disponível no número 121.
Assim, a pasta poderá entrar em contato com a instituição financeira onde foi celebrado o contrato para solicitar mais informações e, caso se confirme que não houve pedido, encaminhar que o valor seja ressarcido ao beneficiário.
“Caso o cliente identifique algum desconto supostamente incorreto no seu benefício na Caixa, o banco solicita que ele se dirija a uma agência com CPF e documento de identificação com foto para que seja providenciada a correção necessária”, diz o banco em nota.
Polêmicas sobre o empréstimo consignado do Auxílio Brasil
Desde o anúncio, a liberação do empréstimo consignado do Auxílio Brasil é cercada de polêmicas e já foi paralisada duas vezes. Suspenso até o dia 14 de novembro devido à alta demanda nos servidores da Caixa, a linha de crédito já foi alvo de críticas por reclamações de crédito cancelado, demora na liberação do dinheiro e cobrança de taxas extras.
Inclusive, a primeira interrupção no serviço foi feita através de solicitação do Tribunal de Contas da União (TCU). Naquela ocasião, houve uma sobrecarga de acessos no Caixa Tem, fazendo com que pedidos fossem cancelados ou ficassem em processamento, mas sem respostas. Cerca de 200 mil pessoas ficaram com a contratação em análise até o dia 21 de outubro e precisaram refazer o processo.
