Salário mínimo de 1.320 é defendido pelo PT. Veja a previsão de aprovação da proposta para 2023

Apesar dos reajustes anuais, o salário mínimo dos últimos quatro anos não ofereceu nenhuma melhora na condição financeira dos trabalhadores. A política de ajuste equivalente ao índice inflacionário não promove aumentos reais no piso nacional.

Salário mínimo de 1.320 é defendido pelo PT. Veja a previsão de aprovação da proposta para 2023
Salário mínimo de 1.320 é defendido pelo PT. Veja a previsão de aprovação da proposta para 2023. (Imagem: FDR)

Visando modificar esta situação e oferecer um aumento real no salário mínimo para o trabalhador, o senador eleito pelo PT, Wellington Dias, afirmou que a equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva trabalha em uma nova proposta. A sugestão apresentada ao Congresso Nacional prevê um piso nacional de R$ 1.320 para 2023.

O salário mínimo de R$ 1.320 corresponde a 1,4% acima da atual proposta do governo de Jair Bolsonaro. O reajuste atual é de 7,41%, passando os atuais R$ 1.212 para R$ 1.302. O novo valor deve constar na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição, que será adicionada ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA)

A PEC da transição é o recurso adotado pela equipe de Lula para abrir espaço no Orçamento de 2023 e cumprir as principais promessas de campanha. Na oportunidade, o senador destacou que a nova regra para reajuste do salário mínimo levará em conta a média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) referente aos últimos cinco anos

“Com o tempo, além de garantir as três refeições por dia e despesas essenciais das famílias, o Brasil faz ampliar poder de compra e mais demanda, que vai impulsionar mais produção, mais industrialização, mais serviços, mais empreendedores e mais emprego e mais renda”, afirmou Wellington Dias.

A proposta de usar a média de cinco anos de referência do PIB, serve para evitar oscilações bruscas para cima ou para baixo no valor do salário mínimo.

QUAL SERÁ O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO EM 2023? NOVO AUMENTO DECEPCIONA OS BRASILEIROS!

Salário mínimo do governo Bolsonaro

Às vésperas do segundo turno das eleições, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que o atual governo estuda uma maneira de desvincular o reajuste do piso nacional do índice de inflação do ano anterior. A declaração de Guedes gerou críticas entre os aliados do Governo Bolsonaro.

O salário mínimo de 2023 pode ser de R$ 1.302, conforme proposto pelo Governo Federal no PLOA. A correção do salário mínimo de 2023 regida no projeto leva em consideração apenas a inflação projetada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) para 2022

Na prática, significa que os trabalhadores, aposentados e pensionistas que são remunerados com base no piso nacional não serão contemplados por um ganho real pelo quarto ano consecutivo.

A estimativa da equipe econômica para a alta da massa salarial nominal é de 10,3% em 2023. Até então, a última vez que o salário mínimo foi ajustado acima da inflação foi em 2019, a partir de um Decreto assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, visando seguir a política de valorização aprovada em Lei ainda no Governo Dilma

No entanto, o período de vigência desta política findou, justamente, em 2019. Desde então, o governo Bolsonaro optou pela recomposição perante a variação do INPC. Destacando que este ajuste é obrigatório para garantir a manutenção do poder de compra dos trabalhadores, embora na prática, a realidade seja outra. 

O valor proposto pelo governo representa R$ 90 a mais em relação ao piso atual, fixado em R$ 1.212. A cifra também ficou R$ 8 acima dos R$ 1.294 estimados em abril, quando o governo apresentou o projeto de LDO.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
Sair da versão mobile