Copom define MANTER a taxa SELIC em 13,75% ao ano

Nesta quarta-feira (26), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. Desde agosto deste ano, a taxa básica de juros está neste patamar. A decisão foi tomada pelo colegiado de forma unânime.

Copom define a taxa SELIC em 13,75% ao ano
Copom define a taxa SELIC em 13,75% ao ano (Imagem: Montagem/FDR)

Pela terceira reunião consecutiva, o Copom definiu a Selic em 13,75% ao ano. Atualmente, a taxa básica de juros está no maior nível desde novembro de 2016, quando tinha chegado a 14% ao ano.

Devido ao aumento da inflação, o Banco Central passou a elevar a Selic em março do ano passado. Até agosto desde ano, foram promovidos 12 reajustes para cima.

A decisão mais recente do comitê acompanhou as expectativas do mercado. Os economistas preveem que a taxa básica de juros se mantenha em 13,75$ até o fim deste ano. Já para o encerramento do ano que vem, os agentes esperam que a Selic caia para 11,25%, conforme informações do boletim Focus.

Perspectiva do Copom para manter a Selic em 13,75%

Em comunicado, o Copom justifica que o cenário externo segue “adverso e volátil, com revisões negativas para o crescimento global e aumento da volatilidade nos ativos financeiros”.

O colegiado ainda declara que “o ambiente inflacionário segue pressionado, enquanto o processo de normalização da política monetária nos países avançados prossegue na direção de taxas restritivas, tornando as condições financeiras mais apertadas”.

Já no cenário interno, o comitê afirma que, mesmo com a “queda recente concentrada nos itens voláteis e afetados por medidas tributárias, a inflação ao consumidor continua elevada”.

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Selic tem a função de manter a inflação controlada

A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. As decisões recentes do Copom acompanham a queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país.

Por três meses consecutivos, o IPCA registrou taxa negativa. De julho a setembro, o país acumulou uma deflação de 1,32%. No acumulado deste ano até setembro, a inflação chegou a 4,09%.

Apesar dos resultados positivos recentes, a inflação ainda permanece acima do centro da meta, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta para este ano é de 3,5% — com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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