Está chegando o momento em que os trabalhadores vão receber o 13º salário, que costuma gerar uma grande expectativa para o comércio. No entanto, para quem está endividado, este é uma boa hora para pensar em quitar as dívidas e começar o ano novo zerado. Neste sentido, confira algumas dicas para quitar seus débitos.
Na visão da educadora de finanças Carol Stange, diante da subida do nível de endividamento, as famílias precisarão achar maneiras de obter mais dinheiro, uma vez que não existem mais “pontas” para cortar do orçamento.
Na visão da profissional, o pagamento do 13º Salário pode ser um grande aliado, no entanto, o mais importante é ter ciência de sua situação por completo. “Se não entender por que entrou nas dívidas, qual é a origem, e se não readequar o orçamento familiar para a nova realidade, o 13º vai resolver por um prazo específico. É como se a pessoa tomasse o remédio para tirar o sintoma, mas não tratasse a doença”, disse ela ao E-Investidor.
Ela orienta que as pessoas devem juntar todas as dívidas em um só documento antes de tomar qualquer decisão. Neste documento deve constar os nomes, valor acumulado com juros, valor para pagamento, se a dívida está atrasada ou não e qual o risco de perda de patrimônio.
Carol também destacou ao E-Investidor o Custo Efetivo Total (CET) de uma dívida. Este indicador revela todas as taxas cobradas e não apenas os juros, que de forma isolada podem parecer baixas.
Também é super importante tentar uma negociação das dívidas, que pode ser a melhor saída para pagar as contas, disse também ao E-Investidor Alfredo Bravo, professor da FGV. “A negociação tem três pilares: preparação, comunicação e credibilidade. Os três são interdependentes, porque se você se prepara bem, você se comunica bem e passa credibilidade”, disse Bravo.
Em sua visão, quando a pessoa consegue passar credibilidade no processo, existe uma possibilidade maior de de obter um acordo com mais cooperativo do que competitivo. “A primeira abordagem se refere às duas partes contra o problema. A segunda se trata de uma parte contra a outra. A cooperativa é muito mais fácil. A competitiva só funciona quando você tem mais poder em relação a outra parte”, explicou ele ao E-Investidor.