A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) realizou um levantamento e trouxe dados preocupantes. De acordo com a instituição a cada 100 famílias brasileiras, 79 estão endividadas. Um ponto importante mostrado pela pesquisa foi de que muitas dessas dívidas não são com bancos, mas com contas básicas como de luz, telefone ou internet.
O aumento de dívidas não foi notado somente pela CNC, mas também pela empresa Boa Vista. A pesquisa feita por essa instituição mostrou que no primeiro semestre deste ano, dois em cada três brasileiros contraíram dívidas. Não são apenas os jovens que estão acumulando contas a pagar, mas os mais velhos e faixa de idosos também está se endividando.
A Acordo Certo, ligada a Boa Vista, mostrou que de janeiro a agosto deste ano, consumidores entre 50 e 64 anos fecharam mais de 485 mil acordos financeiros. Com isso, a média de acordo por consumidor chegou a 1,77, porque são feitos mais de um acordo a fim de arcar com diferentes dívidas. Os mais velhos, acima de 64 anos, fecharam 99 mil renegociações durante este mesmo período.
Alguns motivos explicam o aumento de dívidas das famílias. Por exemplo, como explicou o economista e professor do Ibmec, Gilberto Braga, o crescimento da inflação e o desejo das famílias em manter o mínimo de consumo contribuíram para que houvesse mais contas a pagar.
“Como os preços dispararam e os ganhos não acompanharam, a primeira resposta das famílias foi fazer empréstimo para manter o padrão de vida mínimo“, avaliou Braga ao portal IG.
Como acabar com as dívidas
Para Guilherme, a melhora da situação econômica depende da melhoria também do cenário do país. Isto é, com a baixa da inflação, queda de preço dos alimentos, de contas de consumo como energia elétrica, água e etc. O professor também compartilhou com o IG dicas importantes neste sentido.
- Anote todos os seus gastos para saber para onde está indo seu dinheiro;
- Organize seu orçamento usando planilhas, aplicativo de telefone, e outras opções;
- Converse com a família para reorganizar as finanças em conjunto, cortando gastos desnecessários;
- Mude os hábitos que geram gastos, como deixar as luzes acesas, comer fora, e etc.