O poder de compra da população brasileira está se tornando fonte de problemas cada vez maiores, em que as dívidas acabam gerando novas e maiores dívidas. A dificuldade em pagar as contas dos cartões de crédito tem gerado um aumento na taxa de juros.
Não é novidade que deixar de realizar o pagamento da fatura do cartão de crédito é uma ideia bem ruim para o orçamento de forma geral. As altas taxas de juros cobradas pelo atraso desse pagamento ou pelo pagamento parcelado já são conhecidas da população.
Porém, com a alta da inflação deste ano, os preços nos supermercados subindo e as dificuldades na economia do país, o parcelamento das dívidas vem se tornando mais comum. O país já bateu novos recordes em relação à população endividada.
Outro fator que colabora muito para essa taxa de inadimplência no pagamento é o baixo poder nas mãos do consumidor. A renda mensal familiar entre os brasileiros têm possibilitado a compra de cada vez menos itens, então o cartão de crédito acaba sendo usado de forma desmedida.
Aumento na taxa de juro dos rotativos
O novo percentual imposto ao cartão de crédito rotativo é o maior desde de agosto de 2017. A nova taxa coloca o juros em 398,4% sob o valor que não foi pago de forma integral até o vencimento da fatura. Mesmo que o cliente realize o pagamento do valor mínimo, a taxa ainda será aplicada.
Apenas no ano de 2022 essa taxa já subiu 51 pontos percentuais para alcançar esse patamar atual. Como forma de comparação, em dezembro do ano passado, os juros pagos em cima desse valor de crédito rotativo eram de 347,4%.
O movimento de subida dessa taxa do rotativo acompanha outras subidas presentes no mercado. Todas elas são diretamente afetadas pela elevação da taxa básica de juros, a Selic.
Como uma forma de comparativo, é possível entender essa subida visto que, em março do ano passado a Selic estava em 2%, já no momento atual, ela se encontra em 13,75%.
Como os juros aplicados no cartão de crédito rotativo são a modalidade mais cara em todo o mercado, especialistas aconselham que esse crédito não seja utilizado.
O argumento mais incisivo é que essas altas taxas podem levar facilmente ao endividamento, um caminho ainda mais difícil para uma população que não tem muito controle em relação à vida financeira.
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