Banco Central decidiu manter a SELIC por CAUTELA

Na avaliação do Banco Central, elevar o patamar da taxa Selic na última reunião do Copom na semana passada, iria reforçar a postura de vigilância e se refletiria na percepção de uma atividade mais forte. Sendo assim, a decisão de deixar Selic em 13,75% foi cautelosa diante da necessidade de observar os impactos do aperto financeiro nos juros até o momento, de acordo com a ata do pullicada nesta terça, 27, pelo Comitê de Política Monetária.

“Dois membros do comitê votaram por uma elevação residual de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros. Esses membros argumentaram que a alta adicional fortaleceria a mensagem de comprometimento do Comitê com sua estratégia, diante da elevação das expectativas de inflação e da projeção no cenário de referência para o ano de 2024, em ambiente de incerteza sobre o nível do hiato do produto e a dinâmica da atividade”, explicou.

Na avaliação dos membros que votaram pela elevação da taxa, de acordo com a ata, os riscos de uma alta na inflação pode trazer reflexos mais prolongados e sugeriram uma cautela maior na avaliação das expectativas do cenário de referência para 2024.

O Banco Central decidiu na quarta da semana passada manter a taxa Selic em 13,75% ano, decisão que interrompeu uma sequência de altas que vinham desde o ano passado. No entanto, o BC afirmou que não irá hesitar em subir os juros caso a queda nos preços não acontecer como o projetado. 

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia do país e é usada para estabelecer outras taxas, como de empréstimos e financiamentos.

O patamar da Selic é definido na reunião do Copom levando em conta diversos fatores econômicos. As reuniões acontecem a cada 45 dias e sempre é determinado o patamar da taxa. O patamar é denominado de Selic Meta ou Meta Selic e pode subir, diminuir ou se permanecer estável.

Sendo assim, os juros altos trazem diversos reflexos na economia do Brasil, como:

  • Elevação das taxas bancárias;
  • Aumento nas taxas de juros de empréstimos, financiamentos e cartão de crédito;
  • Os investimentos em renda fixa, como o Tesouro Direto, por exemplo, passam a render mais com a Selic em alta

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.