MOGI DAS CRUZES, SP — Neste domingo (2), os brasileiros foram às urnas para votar em seus candidatos nas eleições 2022. Segundo analistas da XP, os resultados do primeiro turno foram mais apertados do que o esperado inicialmente. A casa considera que a incerteza do processo e questões externas manterão a volatilidade em outubro.
Na visão dos analistas da XP, com relação aos preços dos ativos brasileiros, esse panorama de eleições mais próximas pode ser recebido positivamente pelos investidores.
De qualquer modo, a casa entende que o panorama global continua desafiador. Isso “também pode seguir pesando nos ativos brasileiros nas próximas semanas, durante o 2º turno”.
O entendimento é que as eleições continuam em aberto para o 2º turno. Em meio a isso, “o mercado deve acompanhar de perto as próximas evoluções dos candidatos e suas propostas”.
Isso pode causar um pouco mais de volatilidade ao mercado — que se mantém em nível abaixo do histórico em tempos eleitorais.
Ações que podem ser afetadas com resultado do 1º turno das eleições
Conforme os analistas, as companhias estatais — como Petrobras e Banco do Brasil — tendem a sentir mais os impactos da volatilidade, assim como as ações de setores domésticos, como varejistas, educação e imobiliário.
A XP também considera que as ações ligadas às eleições estaduais também podem ter boa performance devido à eleição de candidatos de direita. Exemplo disso são os papéis da Sabesp, diante do forte resultado de Tarcísio de Freitas no 1º turno em São Paulo.
Em Minas Gerais, a reeleição de Romeu Zema pode favorecer as ações da Cemig. Já no Rio Grande do Sul, o segundo turno entre Onyx Lorenzoni e Eduardo Leite pode beneficiar os ativos do Banrisul.
Os analistas seguem observando a bolsa de valores brasileira como atrativa. A razão é porque continua negociando em um indicador de Preço/Lucro de 6,6x. Isso representa um desconto de 40% em comparação à média histórica.
De acordo com o Raio-XP de outubro, a casa manteve o valor justo do Ibovespa em 130 mil pontos.
“A queda dos juros futuros (DIs) de longo prazo no Brasil segue sendo um suporte importante para o valor justo da Bolsa”, justifica a XP.
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