Desde que o empréstimo consignado pelo Auxílio Brasil foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e virou lei, isso em agosto, os beneficiários estão aguardando o produto. Sem informar a data oficial que o crédito deve ser liberado, o Ministério da Cidadania informou que está em constante tratativa com os órgãos responsáveis para que a concessão ocorra o quanto antes.
A informação do Ministério da Cidadania foi repassada ao G1, portal de notícias da Globo. O questionamento surgiu depois do empréstimo consignado do Auxílio Brasil ter sido sancionado em agosto, e do ministro da Pasta, Ronaldo Bento, ter informado que até setembro o produto estaria disponível. No entanto, isso não aconteceu e o novo possível prazo é até a segunda quinzena de outubro.
As novas expectativas são de que o crédito esteja disponível no mercado entre o primeiro e segundo turno das eleições 2022, que acontecem nos dias 2 e 30 de outubro, respectivamente. Funcionando como um incentivo para que a população deposite seu voto no presidente Jair Bolsonaro, este que tenta a reeleição.
“A pasta segue em constantes tratativas com todos os órgãos e as instituições envolvidas no processo para garantir mais esse direito à população de baixa renda, sem comprometer a renda básica que vem sendo assegurada pelo Governo Federal a mais de 20 milhões de famílias brasileiras, por meio do Auxílio Brasil“, afirmou a Cidadania em nota.
O que está atrasando o empréstimo do Auxílio Brasil?
Mesmo tendo sido sancionado pelo presidente da República, o empréstimo consignado do Auxílio Brasil somente ficará disponível quando houver a regulamentação do programa. É o próprio Ministério da Cidadania que deve publicar essa regulamentação, trazendo informações sobre as regras que vão nortear o banco e o público alvo.
De acordo com informações da própria Pasta, outra justificativa para o atraso é que o ministro está buscando soluções para fixar uma taxa de juros conveniente ao grupo. Alegando que os beneficiários do Auxílio Brasil podem ser desligados do programa a qualquer tempo, bancos e financeiros têm oferecido juros muito acima dos que normalmente são cobrados em crédito consignado.
Para se ter uma ideia, aposentados e pensionistas têm acesso a uma cobrança de 2,14% ao mês, mas para as famílias do auxílio há anúncios de correções que chegam a 86% no ano. São pelo menos 17 bancos credenciados ao oferecimento do empréstimo, Caixa Econômica e Banco do Brasil são exemplos. Enquanto isso, Bradesco, Santander e Itaú negaram sua participação.