A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) expediu mandados de prisão que foram cumpridos no Rio de Janeiro, na última quarta-feira (31). Os suspeitos de aplicar o golpe do Motoboy exibia vida de luxo.
Entre os dias 25 e 29 de julho, só na capital brasileira quatro vítimas foram alvo do golpe do Motoboy. Ao todo, os criminosos conseguiram roubar R$ 200 mil em apenas cinco dias. As investigações começaram após uma idosa de 82 anos, moradora do Lago Sul, ser vítima do golpe e perder R$ 15 mil.
Os suspeitos têm entre 25 e 42 anos e moram no Rio de Janeiro. Por esse motivo, a Polícia Civil do DF contou com a ajuda da PC do RJ. Esta realizou quatro mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão.
As prisões têm como objetivo coibir a ação de suspeitos de aplicar o “golpe do motoboy”. Segundo a Polícia Civil, os quatro presos irão responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro e estelionato.
De acordo com a polícia, os criminosos ostentavam nas redes sociais uma vida de alto padrão, com viagens nacionais e internacionais e hospedagens em hotéis de luxo. As investigações mostraram que em oito meses, os suspeitos movimentaram cerca de R$ 1,8 milhão com o crime.
Como funcionava o golpe do Motoboy
No golpe do Motoboy, os criminosos ligavam para as vítimas, geralmente idosos, fingindo ser funcionários de banco. Estes se identificavam como da central de segurança e solicitavam a confirmação de uma compra suspeita realizada no cartão de crédito.
Como a compra era inventada, as vítimas negavam o reconhecimento da despesa. Assim, os criminosos alegavam que o cartão tinha sido clonado. Após isso, orientavam a realização do bloqueio do cartão, por meio de ligação.
O número fornecido para a ação era fornecido pelos golpistas que também atendiam a ligação da vítima. Nessa ligação, para efetuar o bloqueio, era solicitado a senha do cartão. Por fim, informavam que um funcionário do banco iria até a residência coletar o cartão.
Assim, os criminosos conseguiam ter acesso aos dados bancários das vítimas. Com o cartão em mãos, realizavam transações usando máquinas de cartão cadastradas em nome de empresas de fachada ou no CPF de “laranjas”.