Mercado de corretoras de CRIPTOMOEDAS está cada vez mais concorrido e quem GANHA é você

Pontos-chave
  • Algumas instituições tradicionais vêm lançando plataformas de criptomoedas;
  • O entendimento das corretoras é que existe espaço para todos;
  • O governo tem buscado regular a atuação de instituições cripto no país.

Neste ano, o universo das criptomoedas vem enfrentando momentos difíceis. Apesar disso, o mercado de moedas digitais está cada vez mais concorrido. Anteriormente, o mercado brasileiro já estava na mira da exchanges internacionais. Agora, os bancos locais e fintechs vêm ampliando a atuação.

Mercado de corretoras de CRIPTOMOEDAS está cada vez mais concorrido e quem GANHA é você
Mercado de corretoras de CRIPTOMOEDAS está cada vez mais concorrido e quem GANHA é você (Imagem: Montagem/FDR)

Segundo representantes de corretoras de criptomoedas ouvidos pelo InfoMoney, existe um maior desafio devido aos novos concorrentes. Apesar disso, o entendimento é de que há espaço para todos, inclusive fintechs e bancos.

A compreensão acontece em meio à expectativa de que certos serviços mais avançados sigam sendo encontrados somente em plataformas com maior especialização.

Atualmente, o mercado local é dominado pela corretora Binance. A exchange considera que os criptoativos e a blockchain permitem o aumento da liberdade financeira de usuários em todo o planeta. Isso ocorre por meio da inclusão de cidadão que, atualmente, não possuem acesso às tradicionais ferramentas.

A Binance entende que, quanto mais os usuários conhecerem sobre cripto e blockchain, mais o mercado crescerá.

As criptomoedas são moedas digitais protegidas por criptografia. Por conta disso, quase impossível gastar o dobro ou falsificar esses ativos.

Muitos desses ativos são redes descentralizadas com base na tecnologia blockchain, que é um livro registro altamente distribuído — fiscalizado por redes de variados computadores.

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Algumas das novidades no mercado de criptomoedas

Na semana passada, a XP e BTG Pactual passaram a negociar criptomoedas em suas plataformas. Estes dois players de investimentos contam com alguns diferenciais para conquistar espaço no mercado, como o histórico de credibilidade entre os investidores.

A Xtage, plataforma de moedas digitais da XP, permite que os usuários negociem bitcoin e ether. Como vantagem, as aplicações estão integradas ao ecossistema da corretora. Desse modo, os interessados podem realizar as alocações dentro do próprio aplicativo da XP.

Já a Mynt, plataforma de criptomoedas do BTG Pactual, disponibiliza a operação de cinco ativos: bitcoin, ether, cardano, polkadot e solana. Os usuários podem realizar aplicações a partir de R$ 100 no aplicativo da Mynt.

Para os meses futuros, as duas plataformas planejam aumentar o portfólio de criptomoedas que poderão ser negociadas.

Há duas semanas, foi a vez do PicPay lançar sua corretora de criptomoedas. Toda a experiência acontece dentro do aplicativo. As negociações podem ser efetuadas a partir de R$ 1.

Anteriormente, O Nubank e Mercado Pago, por exemplo, já permitiam a negociação de criptomoedas. Ambas as instituições chegaram a informar que, em suas respectivas plataformas, mais de um milhão de clientes adquiriram moedas digitais.

Há um mês, o Santander Brasil anunciou que pretende possibilitar, ainda em 2022, a negociação de criptomoedas para sua base de clientes. Hoje, o banco tradicional tem mais de 40 milhões de clientes.

O residente do Banco Central brasileiro defende a regulamentação das criptomoedas com menos rigor
O residente do Banco Central brasileiro defende a regulamentação das criptomoedas com menos rigor (Imagem: Montagem/FDR)

Proposta de regulação de criptomoedas no Brasil

Em abril deste ano, o Senado aprovou um projeto que visa a regulação das operações com criptomoedas no país. Para que o texto seja válido, ainda depende análise na Câmara dos Deputados.

O intuito do projeto é definir regras para guiar a comercialização de criptomoedas no país. O texto também visa estabelecer normas para proteger e defender os consumidores, além de combater crimes relativos ao mercado.

Segundo a proposta, para que as instituições — que oferecem serviços usando criptomoedas — possam atuar no Brasil, seria preciso conseguir uma permissão do governo.

O governo escolherá um órgão para a fiscalização do funcionamento dessas empresas. Este órgão também estabelecerá os ativos que serão regulados no país.

O documento também prevê que as companhias deverão estar de acordo com a Lei de Lavagem de Dinheiro. Isso aconteceria por meio da informação dos clientes e comunicações de atividades suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Neste mês, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a regulação do mercado de moedas digitais não deve ser realizada “com mão pesada”.

Na compreensão de Campos Neto, a regulação mais rígida do mercado de ativos digitais não deve ser feita. Segundo ele, o procedimento precisa ter, como objetivo, a transparência — e não deve considerar a possibilidade de o investimento causar perdas aos investidores.

O presidente do BC, nessa regulação, quanto mais forçar, “mais difícil vai ver o que está acontecendo, e vai afastar o mundo descentralizado do mundo regulado”.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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