Muito além do Bitcoin: conheça mais sobre as STABLECOINS

As stablecoins vem sendo apontadas pelo mercado como criptomoedas mais seguras e isto vem atraindo a atenção dos investidores. Conhecidas como “moedas estáveis”, elas se encaixam perfeitamente no caso de investidores que tem a vontade de ingressar no universo dos ativos digitais, mas ainda tem receio por conta da forte volatilidade.

O professor de MBA de finanças digitais Felippe Percigo, explicou que as stablecoins foram criadas para garantir lastro e paridade com o dólar. “Isso significa manter o preço a um dólar e garantir que exista o dinheiro por trás da reserva”, disse ele em vídeo publicado em seu canal no YouTube.

Na prática, o investidor pode transacionar a moeda norte-americana por meio de criptomoedas. Para isso, o sistema de investimento é o mesmo: é preciso ter uma conta em uma plataforma que faça o intermédio com a gestora de ativos digitais.

Segundo dados do mercado financeiro, a Hashdex Criptoativos é o principal nome na gestão de criptomoedas da América Latina, reunindo mais de US$ 2 bilhões em ativos.

Funcionamento do mercado

A grande vantagem da stablecoin está no fato de ser um ativo digital que une a segurança da tecnologia blockchain com a estabilidade da moeda fiduciária. Além disso, ela oferece agilidade para transferências, sem a necessidade de pagamento de taxas.

Dessa forma, costuma ser uma alternativa para os investidores aplicarem recursos que serão usados para a compra de outras moedas digitais em momentos oportunos. As criptomoedas integram a modalidade renda variável e são indicadas para investidores com perfil arrojado, pois têm como principal característica a alta volatilidade.

Num cenário positivo, há a supervalorização do ativo e, consequentemente, um retorno financeiro acima do patamar de outros investimentos. Em contrapartida, o investidor amarga prejuízos significativos em momentos de queda.

Diante das oscilações do mercado, as stablecoins funcionam como uma espécie de “porto seguro”, em que o investidor protege o patrimônio das perdas, mas o mantém em fácil acesso para investir na hora que considerar mais favorável.

Colapso da USD trouxe dúvidas

Embora tenham sido criadas para oferecer maior tranquilidade aos investidores de criptomoedas, acontecimentos recentes levantaram dúvidas sobre a segurança das stablecoins. O colapso da moeda TerraUSD (UST), ocorrido em maio deste ano, provocou a perda de mais de US$ 40 bilhões e acendeu o alerta sobre o real nível de estabilidade desses ativos.

A situação provocou um efeito em cascata que atingiu, até mesmo, as criptomoedas mais consolidadas, como o Bitcoin (BTC) e a Ethereum (ETH), que sofreram perdas acentuadas.

Na avaliação de especialistas em finanças, o reflexo em cadeia era esperado, já que o mercado de criptomoedas ainda está em fase de amadurecimento. No entanto, não é suficiente para desacreditar de todos os ativos, sobretudo as stablecoins.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.