- O Auxílio Brasil foi criado em 2022 com o intuito de substituir o Bolsa Família;
- A fim de voltar com a sua marca de governo, Lula levanta a hipótese de trazer o Bolsa Família de volta;
- Fake news a respeito da continuidade ou cancelamento do programa estão crescendo.
Desde que o Auxílio Brasil começou a ser pago no país, em janeiro de 2022, as famílias mais pobres sentiram as mudanças. O programa veio para substituir o Bolsa Família que foi criado em 2003 na época de governo Lula (PT). Agora, com a possibilidade de ser eleito presidente do país novamente, os eleitores querem saber o que o candidato petista pretende fazer com o Auxílio Brasil.
Até dezembro de 2021 quando o Bolsa Família era o programa de transferência de renda do país as famílias beneficiadas recebiam R$ 89 por mês, em média. Em janeiro de 2022 o Auxílio Brasil passou a funcionar pagando mínimo de R$ 400 por mês aos inscritos, e foi visto como uma forma de desligar o principal programa de renda do país com o antigo governo Lula.
Além disso, de um ano ao outro foram inclusas 4 milhões de novas famílias, e o auxílio passou a beneficiar 18,1 milhões de famílias brasileiras. De julho a agosto deste ano foram mais 2,1 milhões de novos inscritos, e agora o programa beneficia 20,2 milhões de famílias brasileiras com pagamento de R$ 600 por mês.
Embora os R$ 600 tenham data certa para acabar, com previsão para dezembro deste ano, o número de contemplados vai permanecer em 2023. O nome “Auxílio Brasil” foi criado na gestão de Jair Bolsonaro (PL), e todas as demais mudanças foram vistas por especialistas como uma forma do atual presidente tentar a reeleição.
Acontece que algumas declarações de Lula, candidato que ocupa a primeira posição na pesquisa de intenção de votos, coloca em risco a continuidade do Auxílio Brasil. Isso porque, assim como Bolsonaro fez para tirar o principal símbolo do PT do seu governo, colocando fim ao Bolsa Família, o novo programa também pode ser retirado do sistema.
O que Lula pensa sobre o Auxílio Brasil?
De acordo com informações colhidas pela Folha de S. Paulo, no plano de governo Lula existe a previsão de recuperar as características do Bolsa Família. Criando um sistema universal que possa servir como a garantia de uma renda básica para as pessoas que vivem em vulnerabilidade social.
Na segunda-feira (22) quando participava de uma conferência internacional, o candidato pelo PT disse que caso seja eleito o pagamento do Auxílio Brasil “não será para qualquer um”. E disse que algumas condicionalidades vão ser impostas a fim de conceder a ajuda mensal aos beneficiários.
“As condicionantes vão ser preferencialmente para as mulheres, as crianças vão ter que estar na escola, as crianças vão ter que tomar vacina, a mulher gestante vai ter que fazer o exame”, disse Lula.
Estas são exigências que já eram previstas na época do Bolsa Família, quando havia frequência escolar mínima de 85%, por exemplo, para manter o pagamento do salário. Caso eleito, a ideia de Lula é justamente fazer com que estas regras façam parte do novo programa do país.
Em outras entrevistas, porém, o candidato promete que o valor de R$ 600 vai continuar sendo pago em seu governo. O Auxílio Brasil com adicional de R$ 200 tem data certa para acabar, com previsão de término para dezembro deste ano.
Novo presidente pode acabar com o Auxílio Brasil?
Mesmo com a troca de presidente da República, seja com a entrada de Lula ou com qualquer outro candidato, o Auxílio Brasil não pode acabar. Após a propagação de fake news a respeito deste assunto, colocando em dúvida o funcionamento do programa, o Ministério da Cidadania se manifestou.
Em nota oficial, a pasta informou que este é um benefício permanente, apenas houve a troca de nome de Bolsa Família para Auxílio Brasil entre 2021 e 2022. Sendo que foi instituído pela Lei Nº 14.284, de dezembro de 2021. E por ser permanente, não pode haver cancelamento.
Auxílio Brasil e a popularidade de Lula
De acordo com a nova rodada da pesquisa BTG/FSB, publicada nesta segunda-feira (22), entre os eleitores que recebem o Auxílio Brasil, 52% deles preferem que Lula seja eleito o presidente do país. Enquanto isso, 31% demonstrou interesse em reeleger Bolsonaro.
Embora o candidato petista esteja a frente, seu oponente cresceu 7 pontos desde a última pesquisa. De acordo com a instituição que faz o levantamento destes dados, desde março esta é a primeira vez que Bolsonaro tem acima de 30% da aprovação deste público.