4 CUIDADOS que você deve ter ao investir em renda fixa

Com a Selic nas alturas e os investidores ganhando muito dinheiro, gera a sensação de que a renda fixa é 100% segura e que iremos ganhar dinheiro fácil, sem correr riscos para o resto da vida. Só que a realidade é outra, existem riscos na renda fixa, inclusive, já em 2023 ela vai passar a render menos.

Para reserva de emergência e para projetos de curto prazo (até dois anos), a renda fixa é muito importante, já para o médio e longo prazo, ela se mostra menos eficaz do que o mercado de ações. Por isso você deve sempre diversificar seus investimentos.

Para que você não entre em cilada e tenha sempre uma carteira de investimentos rentável, seja com Selic alta ou baixa, veja os 4 cuidados que você deve ter ao investir em renda fixa:

1 – Investir 100% em renda fixa

 Em primeiro lugar, não devemos investir 100% em nada, seja em dólar, ouro, imóveis, renda fixa ou variável.

Se você investe 100% em renda fixa, você está correndo sérios riscos, em diversos momentos a renda fixa rende abaixo da inflação, ou seja, seu dinheiro passa a valer menos. Inclusive, para quem investiu 100% em renda fixa em 2021, perdeu dinheiro, pois a inflação passou de 10% e o retorno da renda fixa descontando imposto de renda, foi em média 5%.

Outros riscos de investir 100% em renda fixa: perda de oportunidade em outros investimentos e falta de diversificação:

2 – Títulos prefixados

Prefixado é especulação, você quer ser um investidor ou um especulador?

Você pode ter rentabilidade inferior às aplicações que acompanham a inflação e o CDI, correndo risco de mercado e, não há liquidez diária nestes investimentos (com exceção do Tesouro prefixado, mas ele costuma desvalorizar no curto e médio prazo).

Vamos ao um exemplo: Você investe em um prefixado com retorno de 15% ao ano, a inflação dispara para 16% ao ano, seu retorno do investimento será 1% menor do que a inflação, ou seja, seu dinheiro irá valer menos. Se você tivesse alocado seu dinheiro em investimentos que acompanham a inflação (IPCA) ou títulos pós-fixados que acompanham a variação da Selic / CDI, você teria um retorno acima do prefixado.

Prefixado é especulação. Você assume retorno limitado para risco ilimitado.

3 – Títulos longo

 O Tesouro IPCA é um excelente investimento para o longo prazo, porém você deve entender que o retorno deste título é para o vencimento, no curto e médio prazo ele pode desvalorizar, mas se você resgatar no vencimento, você não vai ter perdas, por isso é bom você entrar neste título respeitando o vencimento.

Leia este conteúdo descomplicado que postei no meu Instagram (@financas.vc), sobre o Tesouro Direto:

https://www.instagram.com/p/CXJEQe5LlMR/

Já os títulos de renda fixa emitidos pelos Bancos (principalmente o CDB) podem ser uma grande cilada para o investidor. Quanto mais longo é o título e maior é o percentual do CDI ou a taxa prefixada, maior é o risco, pois a instituição que emitiu este investimento, está precisando de dinheiro.

Por mais que exista o FGC (fundo garantidor de créditos), ninguém quer passar pelo desconforto de aguardar a restituição do dinheiro e sem contar que após a quebra da instituição, seu investimento para de render.

Sem contar que não ter liquidez para o longo prazo, é muito arriscado, pois muita coisa pode mudar na sua vida, no país e outras opções de investimentos melhores podem surgir.

4 – Investimentos sem cobertura do FGC e Tesouro Nacional

Debêntures, CRI, CRA, fundo de renda fixa, fundo DI e fundo multimercado, não são cobertos pelo FGC e nem pelo Tesouro Nacional.

Já vi Debênture dar calote e fundo quebrar, por isso são mais arriscados do que as ações, uma ação pode desvalorizar muito, mas não a zero e muito menos o investidor ter que colocar dinheiro do próprio bolso na empresa, já em fundos isso pode ocorrer.

Vale a pena investir em renda fixa, porém você deve escolher bons investimentos e que estejam de acordo com seus objetivos.

Um forte abraço e bons investimentos!

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Cleiton Vicente
Consultor de Finanças Pessoais e Investimentos com mais de 15 anos em finanças. No FDR, possui sua própria coluna com dicas e orientações sobre como investir com segurança e de forma descomplicada.